sábado, 8 de setembro de 2007

McLaren se complica (ainda mais) no caso de espionagem

Incrível. Quando todo mundo pensava que a McLaren não poderia ficar mais atolada do que já estava no caso de espionagem que abalou a Fórmula 1, eis então que Mike Coughlan - o próprio - resolve colocar mais lenha na fogueira.

Segundo o ex-desenhista chefe da equipe, grande pivô de todo o imbróglio, três dos principais funcionários do time prateado teriam visto as malfadadas informações que ele, supostamente, roubou da Ferrari. Os acusados: Martin Whitmarsh (à esquerda), diretor-geral, Rob Taylor, chefe de engenharia, e Paddy Lowe, principal projetista da McLaren.

A revelação foi feita à Alta Corte de Londres, mais uma que investiga o caso. E complica ainda mais a situação da equipe inglesa, já bastante comprometida. Ron Dennis, há um tempo atrás, havia jurado que ninguém no time, além de Coughlan, sabia da existência do tal dossiê com os dados secretos da Ferrari.

Se ficar provado que Whitmarsh, Taylor e Lowe tiveram contantos com as informações da rival de Maranello, a McLaren não escapa de punição pesada. Nesse caso, a equipe deve perder todos os pontos no Mundial de Construtores, deixando de receber a milionário cota da Formula One Management que é usada para transporte, hospedagem e outras operações de logística.

Segundo o Blog do Ico, Bernie Ecclestone já costura um acordo para livrar a McLaren de sanções mais severas, como suspensão ou expulsão do campeonato. O "porta-voz" do chefão seria Flavio Briatore (à direita, com Ron Dennis e Norbert Haug). De fato, a principal figura da Renault esteve reunido duas vezes, hoje, com importante figuras da equipe inglesa no motorhome do time prateado.

Analisando todas as últimas informações, dá para concluir o óbvio: a McLaren não sai da reunião do Conselho Mundial, na próxima quinta-feira, 13, sem algum tipo de punição. Com Bernie Ecclestone do seu lado, porém, o time prateado não corre grande risco de sofrer as sanções que a Ferrari gostaria de aplicar-lhe. As mais pesadas, portanto.

No máximo, como a mídia vem especulando, a equipe inglesa perde os pontos de construtores e a ajuda de custos da FOM. Quanto à nova acusação de Mike Coughlan, não há muito a comentar. Se os dirigentes sabiam da existência do dossiê, não devem ter tido acesso aos dados. Mesmo que não conhecessem as informações, entretanto, são culpados por omissão.

Martin Whitmarsh, Rob Taylor e Paddy Lowe não poderiam permitir, em hipótese nenhuma, que Mike Coughlan desse prosseguimento ao que estava fazendo.


Em meio a tantas notícias que deixam a Fórmula 1 cabisbaixa, uma deve levantar os ânimos dos fãs da velocidade. Foi confirmada, hoje, o retorno de Suzuka (à esquerda) ao calendário da principal categoria do mundo. Entretanto, a fascinante pista japonesa vai precisar respeitar um revezamento com a concorrente Fuji, sede do G.P. dessa temporada.

De qualquer forma, ver Suzuka de volta à Fórmula 1 é animador. Conhecido pela sucessão de "esses" velozes no primeiro trecho da pista, pela difícil e enganadora Spoon Curve e pela espetacular esquerda de alta velocidade 130R, o autódromo japonês recebeu a categoria vinte vezes, entre 1987 e 2006.

Em nada menos de metade dessas provas, o título mundial foi definido. Não se trata, apenas, de um circuito desafiador para os pilotos. Mais do que isso: é um templo e uma das pistas de maior história na Fórmula 1.

Infelizmente, Suzuka perdeu seu espaço no calendário desse ano, substituída pelo insosso circuito de Fuji (à direita). Por razões financeiras, é claro. A partir de 2009, porém, terá início o revezamente entre as duas pistas. Agora, será pedir demais a volta do querido autódromo de Jacarepaguá?

(Vai sonhando, vai...)


Esse final de semana marca a decisão da IRL, que realiza a última etapa de sua temporada no circuito de Chicagoland. A briga pelo título está entre três pilotos: Dario Franchitti (à esquerda), Scott Dixon e Tony Kanaan. Embora torça sinceramente pelo brasileiro, o Blog reconhece que só os dois primeiros têm chances reais.

As atividades foram abertas hoje, com dois treinos livres e a classificação. A aposta do Blog para o título, Dario Franchitti, cravou a pole. Seu principal rival, Scott Dixon, foi o sexto. Entre eles, Sam Hornish Jr. - meu palpite para a vitória nessa corrida - Helio Castroneves, Tony Kanaan e Dan Wheldon.

Danica Patrick fechou em sétimo, enquanto o brasileiro Vitor Meira ficou em 15º. Amanhã, a largada da corrida está marcada para as 16:45 de Brasília, com transmissão ao vivo da Rede Bandeirantes. Vale a pena.

Outra categoria que entra na pista nesse fim de semana é a Fórmula 3 Inglesa. Campeão virtual da temporada, Marko Asmer (à direita) - minha aposta para as duas corridas da rodada dupla - fez a pole de ambas as provas. Alberto Valério foi décimo e sexto, Mario Moraes, 11º e 15º, e Ernesto Otero classificou-se em 27º e 28º.


Tornou-se uma das minhas diversões procurar anúncios que usam a Fórmula 1 como pano de fundo para colocar aqui no Blog. O próximo é protagonizado por duas partes que - dizem - estão em processo de total separação. A McLaren e Fernando Alonso, numa campanha da Vodafone. O áudio é em espanhol, mas não acho que necessita de tradução:



Será que o sonho de Alonso, hoje, é deixar a McLaren? Que ironia...

Nesse domingo, o Blog volta comentando todas as atividades de Fórmula 1, Fórmula 3 Inglesa, GP2, IRL e Nascar nas diferentes edições do Weekend Udpate. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Martin Whitmarsh - http://www.news.bbc.co.uk/
Flavio Briatore, Ron Dennis e Norbert Haug - http://www.postimees.ee/
Dario Franchitti - http://www.indycar.com/
Marko Asmer - www.fota.co.uk/

Stock Car vê segunda vitória consecutiva de Cacá Bueno

A sétima etapa da temporada da Stock Car, disputada nesse sábado, terminou com um resultado mais do que comum: vitória de Cacá Bueno (à esquerda). Em Curitiba, ele conquistou seu segundo triunfo consecutivo, e o 17º na categoria. Líder do campeonato e atual campeão, Cacá teve sorte e competência para vencer a prova de hoje.

Saindo de terceiro no grid, ele subiu para a segunda posição ao superar, na largada, um de seus principais adversários no campeonato, Ricardo Maurício. O pole position Pedro Gomes manteve a ponta. Enquanto isso, lá atrás, aconteciam os acidentes de costume. Dessa vez, quem se deu mal foi Tarso Marques, que não chegou a completar uma volta após colidir com Alan Hellmeister.

Outras confusões foram se sucedendo. Hoover Orsi tentou uma ultrapassagem otimista sobre Marcos Gomes, mas errou na dose. Saiu ligeiramente da pista, danificando o carro e perdendo várias posições. Ao mesmo tempo, Thiago Camilo acertava Allan Khodair, tirando este da corrida.

Um pouco mais tarde, Daniel Landi escapou no fim da reta principal. Logo depois, o pneu de William Starostik dechapou, jogando muitos destroços na pista. O piloto paulista precisou abandonar uma corrida em que estava andando entre os dez primeiros. Uma pena.

O safety-car precisou entrar no circuito para que ela fosse limpa. Algumas voltas depois, a bandeira verde foi acionada de novo. Enrique Bernoldi - até ali, o melhor dos ex-pilotos de Fórmula 1 - perdeu várias posições e depois desistiu, com um problema de suspensão.

Então, de repente, o líder Pedro Gomes saiu da pista na curva da Vitória. A causa: um pneu furado. Ele não seria a única vítima do asfalto quente e abrasivo de Curitiba. Antonio Jorge Neto, outro dos ponteiros, também teve sua corrida estragada por problemas em seus compostos.

Até o fim, Cacá Bueno seguraria a liderança, poupando seu equipamento e acelerando quando necessário. O safety-car chegou a voltar ao circuito mais duas vezes, por causa dos carros de Thiago Marques (à direita) e Mateus Greipel. Ambos saíram da pista e ficaram parados em pontos perigosos.

Ainda houve tempo para que Thiago Camilo e Paulo Salustiano se envolvesse numa briga feroz. Os dois colidiram e o segundo rodou. Ao tentar voltar à corrida rapidamente, deu um cavalo de pau irresponsável, atingindo Hoover Orsi. No fim, nenhum dos três recebeu a bandeirada final.

Cacá Bueno venceu, com os companheiros de equipe Ricardo Maurício e Marcos Gomes (ambos, à esquerda) logo a seguir. Valdeno Brito foi o quarto, com Alceu Felmann em quinto. Líder da categoria GT3 Brasil, este foi um dos destaques da corrida: saiu do meio do pelotão e realizou algumas belas ultrapassagens. E sem apelar, como alguns de seus adversários gostam de fazer.

Os veteranos Carlos Alves e David Muffato conseguiram ótimos resultados, em sexto e sétimo. Completando os dez primeiros, vieram Popó Bueno, Ricardo Sperafico e Juliano Moro. Dos ex-pilotos de Fórmula 1, Ingo Hoffman foi o único a terminar a prova, em 13º.

Por condutas anti-desportivas, Thiago Camilo e Paulo Salustiano foram excluídos da corrida. Além deles, Rodrigo Sperafico também recebeu uma punição. Ele, que havia sido o 8º, teve acrescentados ao seu tempo vinte segundos, caindo para 15º.

Além de liderar o campeonato, com 107 pontos, Cacá Bueno já é um dos quatro pilotos garantidos nos play-offs. Também confirmados estão Ricardo Maurício (93), Thiago Camilo (77) e Marcos Gomes (57). Outros três ficaram muito perto da vaga: Ingo Hoffmann (53), Valdeno Brito (51) e Rodrigo Sperafico (50).

Na "bolha" aparecem Felipe Maluhy (44), Antonio Jorge Neto (41), Daniel Serra (40), Luciano Burti (38) e Rubem Fontes (30). Vários pilotos ainda têm chances remotas de classificação. O último deles é Allan Khodair (16), que vem na 23ª colocação do campeonato.

A seguir, o resultado final da etapa de Curitiba da Stock Car:

1.Cacá Bueno/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 51 voltas em 49:01.169s
2. Ricardo Mauricio/São Paulo/Chevrolet Astra, a 1.264s
3. Marcos Gomes/São Paulo/Chevrolet Astra, a 2.894s
4. Valdeno Brito/Paraíba/Peugeot 307, a 3.766s
5. Alceu Feldmann/Paraná/Chevrolet Astra, a 4.221s
6. Carlos Alves/São Paulo/Volkswagen Bora, a 4.649s
7. David Muffato/Paraná/Peugeot 307, a 11.148s
8. Popó Bueno/Rio de Janeiro/Chevrolet Astra, a 14.222s
9. Ricardo Sperafico/Paraná/Peugeot 307, a 14.653s
10. Juliano Moro/Rio Grande do Sul/Mitsubishi Lancer, a 14.876

A próxima corrida da Stock Car é no dia 23 de setembro, em Brasília. Até o final do dia, o Blog volta comentando as notícias do dia e os treinos da IRL e da Fórmula 3 Inglesa. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: http://www.stockcar.com.br/

Na GP2, Pantano ganha e di Grassi lamenta

O automobilismo, quando quer, é cruel. E hoje, na primeira etapa da rodada dupla da GP2, em Monza, quem sofreu os efeitos do imponderável foi Lucas di Grassi. O brasileiro era o segundo a duas voltas do final, resultado que o colocava na ponta da tabela de pontos. Mas um problema de câmbio - tão raro quanto inesperado - destruiu todo o trabalho do piloto brazuca.

Liderando do início ao fim, o italiano Giorgio Pantano - aposta do Blog - foi o vencedor da corrida. Correndo em casa, ele fez a dobradinha com seu compatriota, Luca Filippi. O alemão Timo Glock foi terceiro e abriu uma distância de oito pontos para Lucas di Grassi (à esquerda) no campeonato. Apenas o dois ainda têm chances realistas de título.

Na largada, Pantano saiu bem da pole e manteve a liderança. Mais atrás, Timo Glock tocou Adrian Zaugg e perdeu tempo. O alemão caiu para o 17º lugar. Era o início de uma bela corrida de recuperação. Ainda na curva inicial, Olivier Pla e Marcos Martinez se encontraram, provocando a primeira entrada do safety-car.

A corrida recomeçou na terceira volta. Giorgio Pantano (à direita) era o líder, seguido de Lucas di Grassi e Kazuki Nakajima. Enquanto isso, Alexandre Negrão vinha em quarto e Bruno Senna em oitavo, após ter largado em 14º. A rodada de pit stops não demorou a começar.

O último a parar foi Giorgio Pantano, que só visitou os boxes quando Roldán Rodríguez tirou Andreas Zuber da pista, forçando a segunda intervenção do carro de segurança. Lucas di Grassi fazia boa corrida, mantendo-se na vice-liderança, enquanto Timo Glock lutava para chegar aos dez primeiros. A situação era completamente favorável ao brasileiro.

Porém, tudo estava para mudar. O safety-car saiu, mas não demorou a ser novamente acionado. Andy Soucek foi aparar a grama e, quando voltou, foi atingido em cheio pelo azarado Andreas Zuber. Esse acidente abriu espaço para Timo Glock (à esquerda), que subiu para oitavo.

Quando a corrida recomeçou, o alemão passou Karum Chandhok e Bruno Senna, além de contar com os atrasos de Kazuki Nakajima e Alexandre Negrão. De repente, Glock já era quarto. É fato que as entradas do carro de segurança ajudaram, mas ele fez um grande trabalho.

Mesmo assim, naquele cenário, ainda perdia a liderança do campeonato para Lucas di Grassi, que continuava em segundo. A duas voltas do final, porém, o mundo do brasileiro caiu. Seu carro teve um problema de câmbio, que acabou com todas as suas chances de bom resultado. Pior ainda: Timo Glock passou para terceiro, retomando o comando da tabela de pontos.

Lá na frente, sem nunca ter sido ameaçado, Giorgio Pantano venceu. O italiano ainda fez a melhor volta da corrida, que vale um ponto extra. Bruno Senna foi quarto, um ótimo resultado para as circunstâncias confusas da corrida. Lucas di Grassi terminou em 14º, enquanto Alexandre Negrão precisou se contentar com um 15º lugar.

No tabela de classificação, Timo Glock lidera com 72 pontos. Lucas di Grassi soma 64, seguido de Giorgio Pantano, com 49, e Luca Filippi, que tem 45. Bruno Senna é o oitavo, com 30, e Alexandre Negrão aparece em 18º, com 8. A seguir, as posições finais da corrida de hoje:

1. Giorgio Pantano/Itália/Campos, 32 voltas em 55:32.531s
2. Luca Filippi/Itália/Super Nova, a 7.962s
3. Timo Glock/Alemanha/iSport, a 9.681s
4. Bruno Senna/Brasil/Arden, a 13.572s
5. Karum Chandhok/Índia/Durango, a 18.393s
6. Javier Villa/Espanha/Racing Engineering, a 19.179s
7. Sebastien Buemi/Suíça/ART, a 20.436s
8. Ricardo Risatti/Argentina/Trident, a 25.100s
9. Marcus Niemela/Finlândia/BCN, a 25.604s
10. Nicolas Lapierre/França/DAMS, a 26.156s
14. Lucas di Grassi/Brasil/ART, a 1:13.136s
15. Alexandre Negrao/Brasil//Minardi by Piquet, a 1 volta

Na segunda bateria do fim de semana da GP2, amanhã, o grid será invertido. A pole é de Ricardo Risatti, que terá Sebastien Buemi ao seu lado. Bruno Senna é o quinto, Timo Glock vem em sexto, Lucas di Grassi sai de 14º e Alexandre Negrão larga na 15ª posição.

Daqui a pouco, o Blog volta comentando a corrida da Stock Car, em Curitiba. Até já!

Crédito das fotos: http://www.gpupdate.net/

Alonso crava a pole. Fácil

Fernando Alonso (à esquerda) deu o seu recado. Alheio à pressão e ao ambiente cada vez pior da McLaren, o espanhol cravou a pole hoje, na classificação para o Grande Prêmio da Itália, até com relativa facilidade. Ele só precisou de uma tentativa para bater Lewis Hamilton e a dupla da Ferrari, que esteve bem abaixo do esperado.

Desde o início do treino de classificação, ficou claro que a Ferrari não estava blefando. O discurso de "otimisto conservador" de seus pilotos e dirigentes era furado mesmo. A equipe italiana não conseguiu acompanhar o ritmo da McLaren em nenhum momento do dia.

Para piorar, Kimi Raikkonen (à direita) sofreu um forte acidente na sessão da manhã. Ao chegar na Variante Ascari, o carro do finlandês deu uma súbita guinada para a direita, quando a curva era para o outro lado. Segundo a Ferrari, culpa de uma ondulaçao da pista. A batida na barreira de pneus foi forte mas, ao menos, o motor ficou intacto e não precisou ser substituído.

Quando a classificação começou, Fernando Alonso já foi mostrando sua força de cara. Fez o melhor tempo em 1:21.718s, superando Lewis Hamilton e Felipe Massa sem dificuldades. Kimi Raikkonen, por outro lado, era apenas um distante quarto.

A dupla da Spyker, uma vez mais, ficou nas últimas duas posições. O carro "B" da equipe, ao que parece, não trouxe tanta evolução assim. Os desempenho de Ralf Schumacher (à esquerda) e David Coulthard foram péssimos: 18º e 20º, respectivamente. Além deles, entre os cortados do primeiro grupo, também ficaram Takuma Sato, em 17º, e Vitantonio Liuzzi, o 19º.

Na segunda parte da classificação, Alonso melhorou seu tempo em meio segundo. A ordem a seguir foi a mesma: Hamilton-Massa-Raikkonen. Dessa vez, os eliminados foram Mark Webber, Rubens Barrichello, Alexander Wurz, Anthony Davidson, Giancarlo Fisichella e Sebastian Vettel. Jenson Button era a maior surpresa, conseguindo colocar a Honda na superpole pela primeira vez desde o G.P. de Mônaco.

Chegou a hora da decisão e Fernando Alonso manteve o ritmo impressionante, marcando 1:21.997s em sua tentativa inicial. Ele nem precisaria acelerar na segunda. Lewis Hamilton ficou a 0.037s do espanhol, enquanto Felipe Massa e Kimi Raikkonen nem ameaçaram. O finlandês, aliás, terminou superado também pela BMW de Nick Heidfeld (à direita).

A seguir, Robert Kubica, Heikki Kovalainen, Nico Rosberg, Jarno Trulli e Jenson Button fecharam os dez primeiros. Para variar, a largada vai ser o momento decisivo da corrida de amanhã. Se Lewis Hamilton, Felipe Massa ou Kimi Raikkonen ainda sonham com vitória, precisarão arriscar logo de início.

Os pilotos que saírem de posições pares vão ter dificulades, já que a pista está extremamente suja por ali. Além disso, existe a primeira chicane de Monza. Vinte e dois carros passarem sem acidentes por ela é quase uma impossibilidade física. Quem está no meio do pelotão que se prepare.

Monza não permite estratégias diferenciadas. São duas paradas e pronto. Assim, a chance do vencedor ser o mesmo piloto que cruzar a primeira volta na liderança são enormes. Como, aliás, vem sendo regra na atual temporada. A seguir, o grid de largada para o Grande Prêmio da Itália:

1. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:21.997s
2. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:22.034s
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:22.549s
4. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:23.174s
5. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:23.183s
6. Robert Kubica/Polônia/BMW, 1:23.446s
7. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:24.102s
8. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:24.382s
9. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:24.555s
10. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:25.165s
11. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:23.166s
12. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:23.176s
13. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:23.209s
14. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:23.274s
15. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:23.325s
16. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, 1:23.351s
17. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:23.749s
18. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:23.787s
19. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:23.886s
20. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:24.019s
21. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:24.699s
22. Sakon Yamamoto/Japão/Spyker, 1:25.084s

Em condições normais, Fernando Alonso não perde a corrida de amanhã. Estando mais leve ou não, o fato é que o espanhol foi amplamente superior à concorrência. Lewis Hamilton, apesar de batido, não foi especialmente mal. O inglês só precisa tomar cuidado para não perder posições na largada. Saindo da parte suja da pista, não é uma tarefa fácil.

Incrível como o escriba do Blog vem secando todas as suas apostas na Fórmula 1. Na sexta, joguei minhas fichas em Kimi Raikkonen. E olha o que aconteceu? Depois da pancada pela manhã, o finlandês perdeu o acerto do carro e não passou de quinto. Por outro lado, Felipe Massa (à direita) andou no limite de seu equipamento. O terceiro era o máximo que podia conseguir.

Mais uma vez, a BMW voltou a surpreender. Dessa vez, com Nick Heidfeld. O alemão deve estar leve e, provalmente, será o primeiro dos líderes a parar. Mesmo assim, ter batido Kimi Raikkonen foi um excelente resultado. O outro piloto da equipe, Robert Kubica, não foi brilhante, mas superou com tranqüilidade a concorrência para fechar em sexto.

Na Renault, Heikki Kovalainen vai se estabelecendo como o primeiro piloto da equipe cada vez mais. Hoje, o finlandês terminou em sétimo. Nada excepcional, mas ficou de bom tamanho. Giancarlo Fisichella (à esquerda), em contrapartida, vem num declínio acentuado. É verdade que foi atrapalhado por Rubens Barrichello em sua última tentativa. Mesmo assim, o 15º foi horroroso demais.

Como de costume, Nico Rosberg liderou a Williams, fechando o treino em oitavo. Vai largar da parte suja, e isso é ruim. Mas, se não tiver problemas no início, tem boas chances de pontuar. O mesmo não pode ser dito de Alexander Wurz. Em 13º, o austríaco só consegue alguma coisa caso a corrida seja atípica.

Decepcionante o desempenho de David Coulthard (à direita) na classificação de hoje. O escocês rodou na sua derradeira volta rápida, não passando de 20º. Muito, muito ruim. Mark Webber, por sua vez, não chegou à superpole. Seu resultado, porém, foi razoavelmente bom: 11º.

Inacreditável a insistência da Toyota com Ralf Schumacher. Já passou da hora, há muito tempo, da equipe japonesa substituir o alemão por alguém um pouquinho mais motivado, ao menos. Hoje, o irmão de Michael voltou a ser eliminado na primeira parte da classificação. Qual será a desculpa da vez? Não sei. Jarno Trulli, em nono, mostra que a equipe continua em seu nível normal.

Apesar de perder para Takuma Sato (à esquerda) em pontos, Anthony Davidson vai dando uma lavada na disputa interna em classificações. Nesse sábado, o inglês - o 14º - voltou a bater o japonês. Taku foi "nocauteado" logo na primeira parte do treino. Por pouco, é verdade: ele terminou em 17º.

Pela primeira vez desde o G.P. de Mônaco - quando os dois pilotos passaram juntos à fase final - a Honda colocou um representante na superpole. Jenson Button vinha sendo superado por Rubens Barrichello, mas reagiu. O inglês vai largar de décimo, enquanto o brasileiro classificou-se em 12º. Rubinho, é necessário dizer, foi atrapalhado por Alexander Wurz no final de sua melhor volta.

Demitido da Toro Rosso no ano que vem, Vitantonio Liuzzi já deve ter perdido a motivação. Hoje, ele ficou na sua média, em 19º. Mas seu novo companheiro de equipe, Sebastian Vettel (à direita), foi uma grata surpresa. O jovem alemão passou a primeira fase da classificação - coisa rara na Toro - e fechou em 16º.

Por fim, a Spyker estreou a versão "B" de seu modelo 2007. Porém, não conseguiu tirar seus carros da última fila. Adrian Sutil ficou a seis décimos de David Coulthard, o adversário imediatamente na sua frente. E Sakon Yamamoto teve um dia atribulado. Rodou sozinho na chicane inicial e depois foi atrapalhado acintosamente em sua tentativa derradeira por um piloto que não consegui identificar.

Para quem não viu, segue abaixo o acidente de Kimi Raikkonen na sessão da manhã. Quem deu a dica foi o Capelli:



A largada do Grande Prêmio da Itália, amanhã, será às 9 horas de Brasília. Em instantes, o Blog volta comentando as corridas de GP2 e Stock Car. Até já!

Crédito das fotos: http://www.f1-live.com/

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Resumo de uma pacata sexta-feira

Lucas di Grassi (ainda) não lidera o campeonato da GP2, mas deu um grande passo rumo ao título da categoria nessa sexta. No treino de classificação da penúltima rodada dupla do ano, em Monza, o brasileiro conseguiu uma excelente segunda posição do grid. Seu grande rival na tabela da temporada, Timo Glock, não passou de oitavo. Dois pontos é a vantagem do alemão sobre o brazuca.

A pole ficou com o piloto da casa Giorgio Pantano (à esquerda), aposta do Blog e vencedor das duas provas da rodada dupla de Monza do ano passado. Ele foi 0.333s mais rápido do que di Grassi, que empatou até na casa dos milésimos com Vitaly Petrov. Por ter marcado sua volta depois, o russo vai largar de terceiro.

Destaque das últimas corridas da categoria, o japonês Kazuki Nakajima - candidato a uma vaga na Toyota e na Williams em 2008 - é o quarto. Logo atrás, em quinto, aparece o outro palpite do Blog, o irlandês Adam Carroll. Confirmando sua evolução, Alexandre Negrão conseguiu um bom sexto tempo, enquanto Bruno Senna não passou de 14º.

Como de costume, foi uma sessão movimentada. De início, Luca Filippi, Borja Garcia, Lucas di Grassi (à direita) e Adam Carroll chegaram a liderar a tabela de tempos. Já na sua segunda tentativa, porém, Giorgio Pantano acertaria aquela que seria a volta da pole.

Nos minutos finais, vários pilotos desperdiçaram chances de melhorarem suas marcas. Adam Carroll e Timo Glock, por exemplo, saíram da pista. O tráfego foi outra dificuldade recorrente. Em sua derradeira tentativa, Luca Filippi vinha marcando tempo de pole até ser atrapalhado na Parabólica, a última curva de Monza. Ele caiu para sétimo.

O dia de ninguém, porém, foi pior do que o de Andy Soucek. Após ter completado apenas cinco voltas na classificação, o espanhol não conseguiu tempo para largar. Numa categoria bastante equilibrada como a GP2 - hoje, por exemplo, foram 13 pilotos no mesmo segundo da pole - não classificar-se para a corrida é um tremendo mico.

Vale lembrar que na bateria de domingo o grid será invertido, dependendo dos resultados da prova de amanhã. A seguir, o grid de largada para a primeira corrida da GP2 em Monza:

1. Giorgio Pantano/Itália/Campos, 1:30.546s
2. Lucas di Grassi/Brasil/ART, 1:30.879s
3. Vitaly Petrov/Rússia/Campos, 1:30.879s
4. Kazuki Nakajima/Japão/DAMS, 1:30.941s
5. Adam Carroll/Irlanda/FMS, 1:30.981s
6. Alexandre Negrão/Brasil/Minardi by Piquet, 1:31.006s
7. Luca Filippi/Itália/Super Nova, 1:31.048s
8. Timo Glock/Alemanha/iSport, 1:31.090s
9. Adrian Zaugg/África do Sul/Arden, 1:31.190s
10. Andreas Zuber/Áustria/iSport, 1:31.202s
14. Bruno Senna/Brasil/Arden, 1:31.499s

A largada da prova de amanhã está marcada para as 11 horas de Brasília. O Sportv transmite.


Continua completamente imprevisível a prova que a Stock Car vai realizar nesse sábado, no circuito de Curitiba. Será a sétima etapa da temporada, e a penúltima antes da definição dos pilotos que irão para o play-off. O treino de classificação, disputado hoje, terminou com uma zebra na pole.

Estabelecendo a melhor marca do fim de semana até aqui, Pedro Gomes (à esquerda) cravou o primeiro tempo, sendo o único a virar na casa dos 50s. Logo atrás, em segundo, veio Ricardo Maurício, seguido pelo líder do campeonato e aposta do Blog, Cacá Bueno. Completando os cinco mais rápidos, outras duas figurinhas conhecidas: Hoover Orsi, em quarto, e Antonio Jorge Neto, o quinto.

Dos ex-pilotos de Fórmula 1, Enrique Bernoldi (à direita) foi o melhor, em 11º. Luciano Burti vai largar no meio da galera, em 18º. Mais para trás no grid, aparecem Chico Serra, em 23º, e Ricardo Zonta, na 27ª posição. Ingo Hoffmann teve dificuldades e não passou de 32º.

A classificação foi horrorosa para o bi-campeão Giuliano Losacco, que está longe de superar a má-fase. Hoje, ele não passou de 34º. Duas posições atrás está Tarso Marques, outro que esteve bem mal. Ao menos, ambos têm vaga garantida amanhã. O mesmo não acontece com Antonio Pizzonia. Apenas o 42º mais rápido, o amazonense não conseguiu tempo para largar.

Logo abaixo, a tabela de tempos do treino de classificação da Stock Car:

1. Pedro Gomes/São Paulo/Peugeot 307, 50.870s
2. Ricardo Mauricio/São Paulo/Chevrolet Astra, 51.109s
3. Cacá Bueno/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 51.160s
4. Hoover Orsi/Mato Grosso do Sul/Volkswagen Bora, 51.167s
5. Antonio Jorge Neto/São Paulo/Mitsubishi Lancer, 51.193s
6. Marcos Gomes/São Paulo/Chevrolet Astra, 51.211s
7. Carlos Alves/São Paulo/Volkswagen Bora, 51.234s
8. Valdeno Brito/Paraíba/Peugeot 307, 51.254s
9. Alceu Feldmann/Paraná/Chevrolet Astra, 51.263s
10. Thiago Marques/Paraná/Volkswagen Bora, 51.510s

Em virtude da Fórmula 1, a etapa da Stock Car foi antecipada para amanhã. A largada será às 10:15 de Brasília. A Rede Globo mostra ao vivo.


A equipe Hendrick Motosport fez a trinca na classificação da etapa desse fim de semana da Nascar, em Richmond. No oval curto do estado da Virginia, quem se deu melhor foi o atual campeão, Jimmie Johnson (à esquerda). Ele vai largar da pole, seguido de seus companheiros de equipe, Jeff Gordon - o líder do campeonato - e Kyle Busch.

O palpite do Blog, Kurt Busch, sai de 14º. Exatemente uma posição atrás está Juan Pablo Montoya. A prova de Richmond é a última antes do início do play-off, que vai reunir os doze melhor pilotos da temporada. O Canal Speed transmite a prova da Nascar, na noite de sábado.

Enquanto isso, a Fórmula 3 Inglesa entra na pista para a penúltima rodada dupla de seu calendário 2007. Nos treinos livres de hoje, o líder do campeonato, Marko Asmer (à direita), fez o melhor tempo, seguido de Niall Breen e Maro Engel. Entre os brasileiros, Alberto Valério fechou em quinto, Mario Moraes em sétimo e Ernesto Otero em 28º.

Antes que alguém me pergunte, a IRL não promoveu atividades no dia de hoje. Os pilotos só trabalham amanhã, dia de treinos livres e da classificação. A corrida vai ser no domingo e decide o título, que está entre Dario Franchitti, Scott Dixon e Tony Kanaan.


A Fórmula 1 vive um momento turbulento, em que os bastidores, a política e as polêmicas chamam até mais atenção do que o esporte. Fechando os vídeos da semana, nada melhor, então, do que algo para refrescar um pouco um ambiente. Com vocês, uma coletânea com lances engraçados e pitorescos da categoria:



Alguns comentários: a edição atrapalha um pouco, eu sei. Johnny Herbert é um sujeito muito bem-humorado, enquanto Ralf Schumacher faz o perfil oposto. Juan Pablo Montoya, no final, vale o vídeo. E um detalhe intrigante: por que diabos o editor do vídeo chamou os sambistas do início de "aborígenes"? Hein??

Esse sábado vai ser um dia cheio para o fã da velocidade. Às 9 horas, treino da Fórmula 1. Logo depois, corrida da Stock Car, seguida da etapa da GP2. Apenas depois de todas essas atividades, o Blog volta para comentar o que de melhor aconteceu em cada uma delas. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Giorgio Pantano - http://www.gpupdate.net/
Lucas di Grassi - http://www.gpupdate.net/
Enrique Bernoldi - http://www.stockcar.com.br/
Jimmie Johnson - http://www.wikipedia.com/

Sobre Alonso e a polêmica dos e-mails

Parte da imprensa especializada está tentando jogar sobre Fernando Alonso uma responsabilidade que ele não tem. Na opinião de muitos, o espanhol está entregando a McLaren ao repassar, à FIA, o conteúdo de sua troca de e-mails com o piloto de testes da equipe, Pedro de la Rosa. Não é bem assim.

No início do ano, de la Rosa mandou mensagens para Alonso (à esquerda) relativas ao desempenho dos pneus Bridgestone, novidades para a McLaren e também para o bi-campeão. Esses dados, porém, teriam sido originalmente registrados por Mike Coughlan, então projetista-chefe do time inglês e hoje acusado de roubar informações sigilosas da Ferrari.

Pedro de la Rosa, ao que parece, mandou tudo para Fernando Alonso sem saber da origem ilícita dos dados. Para alguém com a importância do bi-campeão, não dá para arriscar a reputação por causa de um episódio tão insignificante como esse. Entre salvar a própria pele e a de sua equipe, é óbvio que Alonso vai escolher a primeira opção.

Tanto o bi-campeão quanto de la Rosa (à direita) prontamente atenderam ao pedido da FIA de entregar todas as mensagens de e-mails trocados por eles no início do ano. Agora, não correm mais risco de serem punidos. Pelo menos, foi essa a promessa da entidade. A McLaren, por outro aspecto, está em situação cada vez mais difícil.

A equipe inglesa não vai sair sem algum tipo de punição do encontro do Conselho Mundial da FIA, marcado para a próxima quinta-feira, 13. Exclusão ou suspensão, para mim, são extremamente improváveis. Mas a McLaren não deve se safar de receber, no mínimo, uma multamilionária. Outra possibilidade realista é a eliminação do campeonato de construtores.

Segundo alguns jornalistas espanhóis, estaria aí o interesse de Alonso. Caso seja essa a punição, o espanhol continuaria a disputar o título de pilotos e, aproveitando uma cláusula de seu contrato, ficaria livre para deixar a McLaren. Mas será que é essa mesmo a vontade do bi-campeão? Quais seriam as outras opções dele? Toyota e Renault?

Melhor ficar onde está.

Treinos de sexta provam que McLaren e Ferrari estão na mesma balada

Deixando um pouco de lado todo o imbróglio do caso de espionagem - assunto dominante nas manchetes da Fórmula 1 - vamos nos concentrar nos treinos livres dessa sexta, que abriram as atividades do Grande Prêmio da Itália. Como era de se esperar, Ferrari e McLaren fecharam no topo da tabela de tempos, dividindo entre si as quatro primeiras posições.

Ao contrário do que costuma acontecer nas sextas de G.P., Fernando Alonso (à esquerda) terminou o dia na ponta. O espanhol cravou 1:22.386s, uma marca meio segundo superior à sua melhor volta nos treinos coletivos da semana passada. A dupla da Ferrari veio logo a seguir, com Kimi Raikkonen à frente de Felipe Massa, enquanto Lewis Hamilton não passou de quarto.

Atrás dos líderes da temporada, Nico Rosberg bateu os pilotos de BMW e Renault. O jovem alemão conseguiu um ótimo e animador quinto lugar, ficando com o título de "melhor do resto". Outro que surpreendeu positivamente foi Jenson Button, o oitavo. Foi simplesmente a mais alta posição da Honda em todos os treinos do ano, até aqui.

O dia começou com domínio total da Ferrari, na sessão da manhã. Kimi Raikkonen fechou em primeiro, com uma volta apenas 0.114s melhor que a de Felipe Massa. Por enquanto, Fernando Alonso se mantinha na moita. O espanhol completou apenas doze voltas, chegando a dar uma rodada na segunda chicane. Foi apenas o quarto.

Na parte da tarde, porém, o panorama ia mudar. Alonso virou o melhor tempo de todo o dia, sem maiores dificuldades. Depois, concentrou-se em acertos de corrida, como costuma fazer nas sextas de G.P. A Ferrari não apareceu muito. Massa foi sexto e Raikkonen (à direita), que passou a maior parte da sessão nos boxes, terminou em oitavo.

A ordem final, entretanto, nem importa muito. É certo que McLaren e Ferrari estão praticamente no mesmo nível. Amanhã, como gostam de dizer os comentaristas de futebol, o resultado vai ser "decidido nos detalhes". Quem sair na pole, considerando as características de Monza, já tem meia vitória no bolso.

No dia de hoje, a única paralização ficou por conta de Anthony Davidson. O piloto da Super Aguri quebrou depois de completar apenas seis voltas no treino da tarde, parando entre as duas pernas da Lesmos. Precisou ser retirado por uma caminhão, o que causou uma bandeira vermelha de aproximadamente nove minutos.

Logo abaixo, os tempos agregados das duas sessões dessa sexta-feira:

1. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:22.386s
2. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:22.466s
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:22.590s
4. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:22.618s
5. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:23.47s
6. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:23.584s
7. Robert Kubica/Polônia/BMW, 1:23.599s
8. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:23.668s
9. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:23.821s
10. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:23.848s
11. Alex Wurz/Áustria/Williams, 1:23.881s
12. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:23.919s
13. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:23.922s
14. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:24.328s
15. Rubens Barrichello/Brasil/Honda 1:24.462s
16. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:24.587s
17. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:24.605s
18. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, 1:25.462s
19. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:24.605s
20. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:24.694s
21. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:25.328s
22. Sakon Yamamoto/Japão/Spyker, 1:25.448s

Dessa vez, Fernando Alonso foi o melhor piloto da McLaren numa sexta de G.P. Normalmente, é Lewis Hamilton (à esquerda) quem vira mais rápido nas primeiras sessões do fim de semana. Será que o inglês está com problemas? Nada disso. Os dois são fortíssimos candidatos à pole, amanhã. Se não errarem, podem até bater a Ferrari.

A equipe italiana, por sua vez, ainda é favorita. Mas sua vantagem - se existe - é minúscula. Nos treinos de hoje, Kimi Raikkonen pareceu mais à vontade pista de Monza do que Felipe Masssa, que deu suas escapadinhas. Nada de muito comprometedor, porém. Lembrem-se de que o brasileiro também começou mal no G.P. da Turquia, mas depois fez a pole e venceu a corrida.

Na BMW, a maior atração do dia foi a nova pintura do capacete de Robert Kubica (à direita). Que, aliás, ficou bem bonita. Os resultados da equipe foram completamente normais. Dessa vez, o polonês bateu seu companheiro de equipe, Nick Heidfeld. A luta entre os dois continua acirrada na classificação de amanhã.

Giancarlo Fisichella apareceu bem na sessão da tarde, terminando com o terceiro melhor tempo. O desempenho da Renault, porém, não é lá essas coisas. Se não acontecerem muitas quebras no dia da corrida, o italiano e Heikki Kovalainen não vão conseguir muito. No máximo, dois ou três pontos.

Dia promissor para a Williams. Nico Rosberg (à esquerda) fechou em quinto, só perdendo para McLaren e Ferrari. É um piloto a ser observado na luta pelas últimas posições da zona de pontuação. Alexandre Wurz, por outro lado, continua fazendo um trabalho mediano. Hoje, ficou ali no meio, em 11º.

Procurando resolver os problemas de falta de fiabilidade, a Red Bull trabalhou muito nos testes coletivos da semana passada. Em termos de desempenho, porém, o ganho foi pequeno. Prova disso é que seus pilotos estiveram abaixo da média nos treinos de hoje. Mark Webber foi 14º e David Coulthard, o 17º.

Os dois pilotos da Toyota andaram muito juntos. No final, a diferença entre eles foi de apenas três milésimos. Pior para Ralf Schumacher (à direita), que mais uma vez perdeu a disputa para Jarno Trulli. A situação da equipe japonesa, em Monza, é difícil. Para marcar pontos, os nipônicos vão precisar ter sorte.

Takuma Sato levou sua Super Aguri à 16ª posição, um resultado relativamente bom. Mas o dia da equipe foi estragado pelos problemas de Anthony Davidson. O inglês parou no meio da pista no início da segunda sessão, provocando uma bandeira vermelha. Sem possibilidade de andar, ele fechou num péssimo 21º.

Um oitavo lugar foi a melhor colocação do ano em treinos para a Honda. Jenson Button (à esquerda) conseguiu a façanha na parte da manhã, quando havia sido o sexto. No final do dia, perdeu duas posições. Mesmo assim, ainda foi um resultado promissor. Por outro lado, Rubens Barrichello provavelmente testou acertos de corrida. Rubinho fechou num razoável 15º posto.

Dia ruim para a Toro Rosso. Vitantonio Liuzzi foi superado, pela primeira vez em todos os três G.Ps que disputaram juntos, pelo novato Sebastian Vettel. Nem o jovem alemão, porém, tem motivos para comemorar. No cenário atual, a filial da Red Bull tornou-se o segundo time mais fraco do pelotão. Com a melhora da Spyker, o buraco é mais embaixo.

A equipe holandesa, aliás, conseguiu um bom avanço com a estréia do modelo "B" de seu carro dessa temporada. Adrian Sutil (à direita) foi 19º, andando no mesmo ritmo de Toro Rosso, Super Aguri e Red Bull. Já Sakon Yamamoto terminou em último, mas não foi tão mal assim. Por apenas um décimo, não deixava Anthony Davidson na lanterna da tabela de tempos.

Até o final do dia, o Blog volta comentando os treinos de classificação de GP2, Nascar e Stock Car, além das atividades da Fórmula 3 Inglesa. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: http://www.f1-live.com/

Agenda do Fim de Semana (07 a 09/09)

Hora de conferir as principais atrações do final de semana da velocidade. O destaque absoluto é o Grande Prêmio da Itália, em Monza. A corrida da Fórmula 1, porém, não será o único evento importante dos próximos três dias. Como sempre, a já famosa agendinha vai nos ajudar:

Sábado, 08 de setembro de 2007

GP2: Primeira bateria da rodada dupla de Monza
Nascar: Etapa de Richmond
Stock Car: Etapa de Curitiba

Domingo, 09 de setembro de 2007

FÓRMULA 1: Grande Prêmio da Itália
Fórmula 3 Inglesa: Rodada dupla de Croft
GP2: Segunda bateria da rodada dupla de Monza
IRL: Etapa de Chicago

O 13º Grande Prêmio da temporada da Fórmula 1 é decisivo para os rumos do campeonato. Até hoje, nenhum dos quatro pilotos que disputam o título já venceu no circuito de Monza. Lewis Hamilton, por exemplo, fez uma dupla de podiums na GP2, ano passado, mas não chegou a conseguir um triunfo.

Os dois últimos ganhadores da prova italiana, Juan Pablo Montoya e Michael Schumacher (à direita, com Kimi Raikkonen), nem estão mais na Fórmula 1. Por isso tudo, é extremamente difícil escolher um favorito para a corrida. Pelos testes da semana passada, a McLaren seria a equipe a ser batida. Na maior parte das vezes, entretanto, os ensaios coletivos não servem de referência.

Nos treinos livres de hoje, McLaren e Ferrari estiveram muito próximas. Arrisco-me a dizer que a equipe italiana ainda está um pouquinho na frente. E, dos pilotos da escuderia vermelha, Kimi Raikkonen (à esquerda) é aquele que parece estar mais à vontade na pista de Monza. Por isso, aposto - sem tanta confiança, é bom que se diga - numa vitória do finlandês.

Um palpite certo para o Grande Prêmio da Itália é que não teremos muito abandonos. Em 2005, a corrida de Monza não teve sequer um piloto desistindo antes da bandeirada. Não sei se nesse ano a história se repete. Mas, provavelmente, McLaren, Ferrari, BMW e Renault devem monopolizar a zona de pontuação.
Palpite do Blog para a corrida: Kimi Raikkonen

A IRL encerra sua temporada nesse domingo, com a 17ª e última etapa do campeonato. Na pista de Chicago, meu palpite para a vitória é o tri-campeão Sam Hornish Jr., que faz sua última corrida pela categoria. Ano que vem, ele vai para a Nascar. Certamente, o norte-americano quer se despedir em grande estilo.

Em relação à luta pelo título, estou inclinado a apostar em Dario Franchitti (à direita). O escocês já teve sua cota de azares nesse ano. Além disso, seu rival, Scott Dixon, conseguiu seus principais resultados em circuitos mistos. Em ovais, costuma ir bem, mas não é brilhante. De qualquer forma, a batalha entre os dois ainda está totalmente aberta.
Palpite do Blog para a corrida: Sam Hornish Jr.
Palpite do Blog para o título: Dario Franchitti

Faltam seis provas para o final da temporada da GP2, e o campeonato ainda está completamente indefinido. Timo Glock lidera a tabela de pontos, com Lucas di Grassi apenas dois pontos atrás. Dessa vez, não aposto em nenhum deles. Meus palpites são Giorgio Pantano - vencedor das duas provas do ano passado - e Adam Carroll (à esquerda), o melhor piloto da categoria na segunda metade do ano.
Palpites do Blog para as corridas: Giorgio Pantano e Adam Carroll

Nesse sábado, a Stock Car corre pela sétima vez no ano. Faltando duas provas para a definição dos dez pilotos que irão para o play-off, o equilíbrio da categoria é impressionante. Um dos poucos que se destaca é Cacá Bueno (à direita), atual campeão, líder da temporada e vencedor da última prova, em Santa Cruz do Sul. O Blog não vai inventar. É nele em quem aposto.
Palpite do Blog para a corrida: Cacá Bueno

Antes de dar meu palpite sobre a Nascar, preciso fazer uma correção. São doze - e não dez, como eu havia previamente publicado - o número de pilotos que se classificam para o play-off. No sábado, a categoria vai conhecer quem são eles, na última corrida antes do começo da fase final. Meu palpite para a vitória é Kurt Busch (à esquerda), que vem numa ótima seqüência de resultados e costuma andar bem em Richmond, sede da corrida desse fim de semana.
Palpite do Blog para a corrida: Kurt Busch

Por fim, a Fórmula 3 Inglesa entra na pista para a penúltima rodada dupla da temporada. No circuito de Croft, Marko Asmer (à direita) deve confirmar o título do ano. O estoniano tem 72 pontos de vantagem para Maro Engel, com apenas 82 em jogo. Será que ganha o campeonato com estilo? O Blog aposta que sim. Vai dar Asmer nas duas baterias do fim de semana.
Palpite do Blog para as corridas: Marko Asmer (duplamente)

Ao longo do dia, o Blog volta comentando os treinos de sexta do Grande Prêmio da Itália e as demais atividades das categorias que entram na pista hoje. Até mais!

Crédito das fotos:
Michael Schumacher - http://www.f1-facts.com/
Kimi Raikkonen - http://www.f1-live.com/
Dario Franchitti - http://www.indycar.com/

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

"Nova evidência" no caso de espionagem pode envolver Alonso

Uma troca de e-mails entre Fernando Alonso e o piloto de testes da McLaren, Pedro de la Rosa, pode ser a tal "nova evidência" que levou a FIA a reconvocar o Conselho Mundial para uma reunião na semana que vem. Segundo informações do site Autosport, os envolvidos devem prestar esclarecimentos amanhã.

Ao que parece, a entidade máxima do automobilismo se comprometeu a não puní-los, desde que expliquem o episódio. Como de costume, o porta-voz da FIA recusou dar maiores esclarecimentos. A única certeza é que Mike Coughlan e Nigel Stepney - os principais acusados em todo o imbróglio - não estão ligados à novidade.

Mais uma vez, fica praticamente impossível analisar o que está se passando. A imprensa não teve acesso às mensagens trocadas entre Alonso e de la Rosa. Assim, não dá para dizer se o conteúdo da conversa era ilícito ou, no mínimo, antiético.

De acordo com a matéria do Autosport, os dois pilotos da McLaren discutiam dados do MP4/22, o modelo 2007 da equipe prateada. Mas sobre o que falavam, exatamente? Adivinhar é uma tarefa inglória. Precisaremos esperar até o dia 13 de setembro, quando o Conselho da FIA irá se pronunciar sobre o assunto.

Antes de mudar de assunto, preciso fazer um mea culpa. Num post de hoje, mais cedo, indaguei a razão da Ferrari ainda não ter se pronunciado sobre a "nova evidência" surgida no escândalo de espionagem. Imediatamente depois de colocar o post no ar, porém, a equipe italiana soltou uma nota à mídia. Errei e admito. Paciência, acontece.

Em seu texto, a Ferrari revela acreditar que "a verdade irá aparecer". Finalmente, o discurso que dela se esperava. Se quiser dar-se melhor na história, a equipe vermelha vai precisar agir nos bastidores e continuar fazendo pressão pela imprensa. Apesar de tudo, continuo achando que a McLaren não sofre uma punição pesada.

Escrevi de manhã e repito. Para mim, a turma de Ron Dennis, no máximo, recebe uma multa milionária ou perde os pontos no Mundial de Construtores. Exclusão ou suspensão do campeonato? Duvido.


Se não bastassem todos os problemas de seu envolvimento no caso de espionagem, a McLaren ainda se viu dentro de outra polêmica nessa quinta. Por algumas horas, a equipe inglesa esteve ameaçada de desclassificação do Grande Prêmio da Hungria.

O motivo: Lewis Hamilton e Fernando Alonso correram em Hungaroring com um novo modelo de câmbio, mais leve e vantajoso. E que ainda não tinha sido aprovado no crash test da FIA. No final do dia, os comissários anunciaram uma multa de 50 mil dólares à McLaren. Ficou de bom tamanho.

Não vamos confundir alhos com bugalhos. O erro cometido pelo time prateado na Hungria não tem absolutamente nada a ver com o caso de espionagem. Não, a McLaren não é uma equipe desonesta que faz qualquer coisa para sair com a vitória.

Esse novo câmbio não representa a menor diferença na estrutura do carro. Assim, mesmo não tendo passado no crash test, não mudaria nada em caso de acidente. De qualquer forma, um erro desse tipo não pode ficar impune. A multa foi justa e, sinceramente, nem vai mexer muito no ambiente da McLaren.

Perto do que a equipe está para enfrentar no próximo dia 13, isso não é nada.



Quinta-feira de treinos livres para a Stock Car, que realiza a sétima etapa da temporada nesse fim de semana, em Curitiba. A corrida será no sábado para que possa ter transmissão ao vivo na TV aberta. Assim, as atividades foram abertas com um dia de antecipação.

O mais rápido de hoje foi Cacá Bueno (à esquerda), vencedor da última prova, em Santa Cruz do Sul, e líder do campeonato. Ele foi pouco menos de dois décimos melhor do que Carlos Alves, que veio logo a seguir. O veterano piloto paulista, na segunda posição, foi uma grata surpresa.

Antonio Jorge Neto - companheiro de equipe de Cacá na Eurofarma - fechou na terceira colocação. Completando os cinco primeiros, vieram Valdeno Brito (à direita) e Ricardo Sperafico. Dos ex-pilotos de Fórmula 1, Enrique Bernoldi foi o melhor, em sexto.

No total, 51 carros entraram na pista. A diferença entre Cacá e o 44º foi menor do que um segundo. Apesar da pouco extensão do anel externo de Curitiba, o equilíbrio foi impressionante. Fazer previsões para a classificação de amanhã é praticamente impossível.

Tirando Cacá, que liderou com certa folga, todo mundo está na mesma balada.


Hoje, todos falam do caso de espionagem. Mas alguém aí lembra-se da maior polêmica do ano passado? Vale uma retrospectiva. Fernando Alonso foi punido com a perda de sua melhor volta na classificação do G.P. da Itália de 2006, por ter supostamente prejudicado Felipe Massa na última tentativa do brasileiro. Será que o espanhol fez de propósito mesmo? Vamos ver:



Revoltado com a punição dos comissários, Alonso declarou que, a partir daquele momento, não considerava mais a Fórmula 1 um esporte. Um ano depois, a situação da categoria não mudou muito. As polêmicas extra-pista, infelizmente, estão concentrando a maior parte das atenções. Até quando?

Nessa sexta, o Blog volta com a Agenda do fim de semana, apresentando todas as atrações do mundo da velocidade nos próximos três dias. E, ao longo do dia, análises dos treinos da Fórmula 1 e das demais categorias que estiverem em atividade, além dos comentários sobre as notícias mais recentes. Até amanhã!

Crédito das fotos:
McLaren 1 - http://autosport.clix.pt/
McLaren 2 - http://www.gpupdate.net/
McLaren 3 - http://www.autosport.com/
McLaren 4 - http://www.sport.es/
Cacá Bueno e Valdeno Brito -
http://www.stockcar.com.br/

... e a Ferrari não fala nada?

Estranha, muito estranha essa súbita convocação do Conselho Mundial da FIA para julgar a "nova evidência" no caso de espionagem que abalou a Fórmula 1. Nada foi dito sobre a novidade até agora. Ainda mais esquisito, porém, é o silêncio das duas principais equipes envolvidas.

O da McLaren até dá para entender. Afinal de contas, o time proibiu, inclusive, seus pilotos de darem entrevistas no último Grande Prêmio da Turquia. Ron Dennis não quer que ninguém no seu time abra a boca para falar bobagens. Mas... e a Ferrari?

Em todos os acontecimentos anteriores, ela sempre esteve pronta a dar sua opinião. Quando saiu a primeira convocação do Conselho Mundial, vários dirigentes da equipe vermelha e alguns da Federação Italiana vieram à imprensa declarar seu desejo de puniçao para a McLaren. A equipe inglesa se safou de início, o que gerou uma enorme gritaria por parte da Ferrari.

Foi essa pressão que resultou na decisão de levar o caso à Corte das Apelações. Onde, aliás, o time de Maranello seria ouvido como testemuha. Desde ontem, porém, toda a situação mudou. Com o surgimento da tal "nova evidência", a FIA reconvocou o Conselho Mundial. E a Ferrari, por algum motivo, não falou nada.

Poderia o silêncio da equipe ser uma pista? Os italianos não deram nenhuma declaração importante. Nem nada do tipo "esperamos que os dirigentes examinem com cuidado as evidências e tomem a decisão justa". Ao contrário, o diretor esportivo da equipe vermelha, Stefano Domenicali (à direita), limitou-se a dizer que "estamos focados apenas em conseguir seis dobradinhas nas seis corridas que faltam".

Vocês sabem como eu adoro dar palpites. Pode ser que eu esteja rodondamente enganado, admito. Mas que me perdoem os fãs da Ferrari. Esse discurso é típico de alguém que perdeu a discussão. Não vou afirmar, com certeza, que a McLaren vai ser absolvida na reunião do Conselho Mundial, no próximo dia 13.

Mas, se tivesse que apostar hoje, diria que a turma de Ron Dennis consegue se salvar.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Duelos da História - Esses ficaram de fora

Depois de quatro semanas de contagem, finalizamos, ontem, a lista dos Dez Maiores Duelos da História. O ranking completo, para ficar guardado nos registros do Blog, terminou assim:

1. Gilles Villeneuve x Rene Arnoux - França/1979
2. Jacques Villeneuve x Michael Schumacher - Europa/1997
3. Ayrton Senna x Alain Prost - Inglaterra/1993
4. Fernando Alonso x Michael Schumacher - San Marino/2005
5. Elio de Angelis x Keke Rosberg - Áustria/1982
6. Ayrton Senna x Nigel Mansell - Mônaco/1992
7. Fernando Alonso x Felipe Massa - Europa/2007
8. Michael Schumacher x Damon Hill - Bélgica/1995
9. Nelson Piquet x Nigel Mansell - Austrália/1990
10. Ayrton Senna x Jean Alesi - Estados Unidos/1990

Como não poderia deixar de ser, porém, vários outros duelos marcantes ficaram de fora, por motivos diferentes. O Blog, aproveitando a chance de explicar-se, repassa agora algumas dessas disputas emocionantes. Elas não merecem terminar sem menção. Vamos lá:

Mike Hawthorn x Juan Manuel Fangio - França/1953
No circuito de Reims, a Fórmula 1 viu a primeira vitória de um piloto inglês na história. Correndo pela Ferrari, Hawthorn derroou o lendário Fangio em batalha direta pelo triunfo. Os dois lideram a maior parte da prova, trocando de posições inúmeras vezes nas enormes retas da pista francesa. Na última volta, Hawthorn toma a liderança no grampo Thillois e ganha com menos de um segundo de vantagem sobre Fangio.

Jackie Stewart x Graham Hill - Itália/1965
Companheiros de equipe na BRM, Stewart e Hill representavam dois oportos. O primeiro era o estreante atrevido. O outro fazia o papel do veterano rápido e consistente, surpreendido pela velocidade do novato. Em Monza, a dupla disputou a vitória em luta particular. A liderança mudou de mãos em várias oportunidades, até que Stewart abriu distância no fim, ganhando com cinco segundos de vantagem para Hill.

John Surtees x Jack Brabham - Itália/1967
Com o abandono de Jim Clark a duas voltas do fim, Surtees e Brabham, que duelavam pelo segundo lugar, viram-se de repente decidindo a vitória. Na última volta, o australiano passa à frente na Parabolica, arriscando a ultrapassagem num traçado sujo de óleo. Perde tempo e o inglês vê sua chance. Surtees coloca por dentro na reta de chegada e vence, com Brabham praticamente emparelhado.

Jackie Stewart x Emerson Fittipaldi - Mônaco/1973
Grandes dominadores da Fórmula 1 na época, Stewart e Fittipaldi tiveram um duelo à parte em Monte Carlo. O escocês liderou de ponta a ponta. Na corrida inteira, porém, o brasileiro esteve logo atrás pressionando, à espera de uma chance. Ela não veio. Os dois recebem quase juntos a bandeirada. E na volta de desaceleração, enquanto cumprimentam o público, conseguem bater sozinhos dentro do túnel. Foi distração.

Ronnie Peterson x Emerson Fittipaldi - Itália/1973
Ainda com chances de título, Fittipaldi precisava vencer em Monza para manter suas esperanças. Durante toda a corrida, persegue seu companheiro de Lotus, Peterson, achando que o sueco iria abrir mão da vitória. Mas isso não acontece. Nas voltas finais, o brasileiro ainda tenta uma ultrapassagem, em vão. Peterson ganha e Fittipaldi compra uma briga com o chefe, Colin Chapman, que não quis sinalizar a troca de posições.

Ronnie Peterson x Patrick Depailler - África do Sul/1978
Embora pouco celebrado, esse duelo foi absolutamente sensacional, num final de corrida de tirar o fôlego. Riccardo Patrese liderava tranqüilamente até quebrar, a 14 voltas da bandeirada. Mario Andretti assume a liderança, mas fica sem gasolina. Depailler passa à frente, porém, não consegue segurar o ímpeto de Peterson. O sueco ultrapassa o francês na última volta, numa manobra em que os dois chegam a tocar rodas.

Keke Rosberg x Alain Prost - Suíça/1982
Disputando o título, Rosberg ainda não havia vencido. Prost, por sua vez, queria ganhar com a Renault em território francês, apesar da corrida contar como G.P. da Suíça. No final, o finlandês se aproxima. Os organizadores tentam uma manobra desleal: alterar a contagem das voltas para beneficiar o piloto da casa. A falcatrua é descoberta. Rosberg ultrapassa Prost, vence a primeira da carreira e vai em direção ao título.

Ayrton Senna x Nigel Mansell - Espanha/1986
Na última parte da corrida, Mansell é obrigado a fazer um pit stop para trocar seus pneus. Volta voando e ultrapassa Alain Prost, chegando a segundo. No giro derradeiro, alcança o líder, Ayrton Senna. O inglês tenta uma ultrapassagem na curva final do circuito, mas o brasileiro fecha. Mansell não desiste e coloca-se lado a lado enquanto recebem a bandeirada. Senna vence por 0.014s, a terceira menor diferença da história.

Nigel Mansell x Nelson Piquet - Inglaterra/1986
No circuito de Brands Hatch - usado pela última vez na Fórmula 1 - as Williams estavam à vontade. Seus pilotos, Mansell e Piquet, disputam a corrida sozinhos. Durante toda a prova, lideram sossegados. O G.P. é decidido num lance rápido. Após seu pit stop, o inglês volta imediatamente à frente do brasileiro. Este tenta a a ultrapassagem, mas é prejudicado por um retardário. Não tem outras oportunidades e perde a vitória.

Alain Prost x Ayrton Senna - Japão/1989
Duelo épico e polêmico entre os dois maiores rivais da história. Senna precisa vencer para manter suas esperanças de título vivas. O brasileiro perde a liderança na largada, e só consegue se recuperar nas voltas finais. Tenta uma manobra ousada sobre Prost, que fecha. Os dois colidem. Ayrton ainda volta à corrida, ajudado pelos fiscais da pista. Vence mas é desclassificado, numa decisão até hoje não totalmente esclarecida.

Ayrton Senna x Damon Hill - Brasil/1993
Correndo em casa, Senna vinha num dia pouco inspirado, até que começa a chover. O brasileiro muda a tática rapidamente, conseguindo se recuperar na prova. Ele sobe para segundo, atrás apenas de Hill. Durante algumas voltas, Ayrton pressiona o inglês, esperando por uma oportunidade. Então, realiza uma manobra antológica na entrada do Laranjinha. Não perde mais a liderança, vencendo para o delírio da torcida.

Rubens Barrichello x Michael Schumacher - França/1999
Em meio à chuva, Barrichello tem um desempenho impressionante com sua Stewart. Lidera por um bom tempo, até começar a ser atacado por Schumacher. O alemão passa, mas toma um "x" humilhante na saída do grampo Adelaide. Na volta seguinte, o piloto da Ferrari completa a manobra. Mas, no final da corrida, Rubinho termina melhor: faz um podium com um terceiro lugar, enquanto Schumi cai para quinto.

Michael Schumacher x Juan Pablo Montoya - Austrália/2002
Com os abandonos de Barrichello e Ralf na largada, Schumacher e Montoya ficam a sós na batalha pela ponta. O colombiano realiza linda manobra na volta 11, tomando a liderança. Mas o alemão prepara a revanche. Quatro giros depois, ameaça por dentro no fim da reta principal. Montoya se ilude e fecha, enquanto Schumacher recolhe. Na saída da curva, vem com muito mais velocidade, passa e vai rumo à vitória.

Juan Pablo Montoya x Kimi Raikkonen - Alemanha/2002
Num tempo de raras disputas entre os líderes, Montoya e Raikkonen travam uma disputa sensacional pelo quarto lugar. O colombiano chega a ficar fora da pista por alguns momentos, enquanto tenta de qualquer forma a manobra sobre o finlandês. Finalmente, Montoya consegue a ultrapassagem quando chegam ao complexo do estádio de Hockenheim. Ele é segundo no fim da prova. Raikkonen, por sua vez, abandona.

Michael Schumacher x Fernando Alonso - San Marino/2006
Um ano depois do duelo de 2005, Schumacher consegue sua revanche sobre Alonso, em circunstâncias bem parecidas. Dessa vez, era o espanhol quem tinha o carro mais rápido. Mas, na frente dos tiffosi, o alemão segura a liderança até o fim, contando com a ajuda do apertado traçado de Imola. Schumacher vence mas não consegue levar o título no fim do campeonato. Nesse caso, Alonso levou a melhor.

Ainda existiram, é claro, muitos outros duelos magníficos na história da Fórmula 1. A memória do escriba do Blog, infelizmente, não é infalível. De qualquer forma, as disputas presentes na lista dos Dez e nesta dos que ficaram de fora são absolutamente espetaculares. Se aconteceu algum grande esquecimento, ele certamente será menos notado...

Ao longo do dia de hoje, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: http://www.f1-facts.com/