sexta-feira, 29 de maio de 2009

Equipes confirmam inscrição para 2010

Terminou o suspense: nesta sexta-feira, as integrantes da Associação das Equipes confirmaram inscrição para a temporada de 2010.

O regulamento do próximo campeonato permanece indefinido, mas a possibilidade de um boicote não existe mais.

As escuderias se inscreveram no último dia do prazo, criando um suspense extra na novela. No fim das contas, porém, prevaleceu aquilo que era esperado.

Nem a Ferrari, que garantiu até estar estudando correr em outras categorias, foi adiante com a ameaça de se afastar da F-1 em 2010.

Era tudo um blefe mesmo, como a maioria já adivinhava.

As equipes já se comprometeram a alinhar no grid em 2010, mas resta a dúvida sobre qual será o regulamento do campeonato.

A FIA preferiu o silêncio e não confirmou se aceitou mudanças.

É muito provável que o teto orçamentário de 40 milhões de libras tenha sido aumentado.

E que a regra dos "dois regulamentos" - um para equipes acima do limite de gastos e outra para times abaixo dele - também seja sepultada.

Mas, como a FIA não se pronunciou, ainda não é possível saber o que realmente estará em vigor em 2010.

De qualquer maneira, a semana já termina bem menos quente nos bastidores.

A disputa entre a FIA e a Associação das Equipes não está finalizada e ainda pode se prolongar por mais algumas semanas, ou até meses.

A partir de agora, entretanto, a briga já não pode levar a resultados tão graves como a debandada de várias equipes.

Os temores de que a categoria corria risco de cisão, mais uma vez, se revelaram infundados.

A Fórmula 1 está a salvo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Últimos capítulos da guerra FIA x Fota?

Parece que a guerra entre a FIA e a Associação das Equipes já está terminando.

Nesta quarta-feira, a revista alemã Auto Motor und Sport publicou que as escuderias já teriam aceito uma proposta da turma de Max Mosley.

Nada é oficial ainda, mas é isso mesmo que deve acontecer.

Segundo a proposta, o teto orçamentário seria mantido, só que quase dobraria de valor.

Para compensar, a FIA permitiria a compra e venda de chassis, como forma de facilitar a entrada de equipes novatas como a Campos Grand Prix e a USF1.

Além disso, a polêmica e estúpída ideia de dividir o regulamento em dois - um para quem se adaptou ao teto e o outro para quem estourar o limite - seria abandonada.

Após semanas de discussão, se o fim da história for este mesmo, até que FIA e Associação das Equipes encontraram uma solução salomônica e sensata.

O problema é que não há nada confirmado ainda.

Todos esperam que o motim das equipes termine logo, mas é claro que existe a possibilidade de o impasse persistir.

A próxima sexta-feira, quando encerra-se o prazo de inscrição para a temporada de 2010, deve marcar o fim da novela de uma vez por todas.

Mas pode também mostrar que a briga não acaba tão cedo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quem pode parar Jenson Button?

A temporada de 2009 já tem um campeão: Jenson Button. Ao menos, é assim que muita gente já pensa.

O inglês venceu cinco das seis primeiras corridas do ano. Somou 51 pontos em 55 possíveis.

Um desempenho extraordinário. Para simplificar: não dava para ser melhor.

Mas será que já é possível cravar que Button tem nas mãos o título deste ano?

Ainda há 11 corridas pela frente. Muita coisa pode acontecer. Coroar o inglês como campeão de 2009 nessa altura do campeonato seria, no mínimo, precipitado.

No passado recente, três exemplos mostram que ainda é possível virar o jogo para cima de Button.

Em 2005, Raikkonen chegou a estar mais de 20 pontos atrás de Alonso. E só não levou o título porque o carro da McLaren teimou em quebrar na segunda metade do ano.

Em 2006, Alonso disparou na frente - de cara, seis vitórias e dois segundos lugares, num desempenho semelhante ao de Button. Mas Schumacher reagiu, chegou a empatar o jogo e quase levou o troféu.

Em 2007, Raikkonen mostrou que o favorito do início do ano nem sempre conquista o título. Azarão, derrotou Alonso e Hamilton para se sagrar campeão, após ser quase descartado da disputa.

Neste ano, Button já disparou.

Mas ainda é cedo para afirmar que já chegou lá.

A Red Bull promete que não vai desistir da briga. A equipe, que tem em Vettel um piloto jovem, veloz e impetuoso, precisa de um pouco mais de velocidade e consistência para rivalizar com a Brawn.

Vettel já deu mostras de que pode enfrentar Button, mas também precisa ganhar regularidade.

Se a Red Bull conseguir uma evolução em seu carro, o alemão pode tentar uma reação.

Além disso, há um outro rival para Button: o próprio companheiro Rubens Barrichello.

Derrotado pelo inglês em seis de seis corridas até agora, Rubinho já ficou um pouco desmoralizado dentro da Brawn.

Mas a situação (ainda) não é irreversível. Só 16 pontos separam o brasileiro de Button, uma diferença perfeitamente descontável.

No momento, Rubinho mantém o discurso que dele se espera: sem invertar desculpas, admite que Button está mais rápido, mas garante que não vai jogar a toalha.

A postura é essa aí mesmo. Rubinho precisa colocar na cabeça que é capaz de bater Button, apesar do retrospecto desfavorável nesta temporada.

Mas, apesar de tudo - da Red Bull, de Rubinho e até da renascida Ferrari - o grande favorito ainda é Jenson Button.

O inglês ainda não ganhou o título desta temporada. E, se vier a conquistá-lo, ainda vai precisar esperar alguns meses.

Não há dúvidas, entretanto, de que Button é o homem a ser batido.

Será que alguém será capaz de parar o inglês?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Williams cumpre seu papel e se inscreve para 2010

De todo o grid da Fórmula 1, a Williams é a única equipe que existe somente para correr.

Não pertence a montadora e nem a empresário bilionário querendo ganhar espaço para seus produtos.

Se a Fórmula 1 acabasse, a Williams também teria o mesmo destino.


A Williams está no seu papel. Não tinha outra opção.

E, assim, a Associação das Equipes sofre sua primeira baixa. E que provavelmente não será a última.

Por sempre manter uma postura independente, a Williams foi a primeira a furar o bloqueio liderado pela Ferrari ao regulamento da FIA.

Nos próximos dias, outras equipes devem fazer o mesmo.

A Force India e a Brawn GP estão comprometidas com Bernie Ecclestone - não fosse a atuação do dirigente, nenhuma das duas existiria.

E a McLaren... bem, a McLaren é a única equipe do grid que tem o rabo entre as pernas com a FIA.

Em dois anos, se envolveu numa dupla de escândalos sérios - o da espionagem e o da mentira. Escapou nas duas vezes, mas perdeu qualquer chance de peitar Max Mosley.

Seriam, portanto, já seis as equipes inscritas para 2010: Williams, McLaren, Force India, Brawn GP e as estreantes USF1 e Campos Grand Prix.

E ainda há outras novatas dispostas a entrar na categoria.

O prazo para inscrição termina na próxima sexta-feira.

O grupo liderado pela Ferrari está sob intensa pressão.

Não vai demorar muito e a FIA vai pagar para ver se os revoltosos estavam mesmo blefando ao ameaçar um boicote coletivo.

Esta semana será certamente bastante agitada nos bastidores da Fórmula 1

domingo, 24 de maio de 2009

Conto de fadas da vida real

Emocionante a vitória de Helio Castroneves nas 500 Milhas de Indianapolis.

Ninguém pode imaginar o que ele passou nos últimos meses, quando ficou ameaçado de ser preso por até 35 anos em virtude de problemas com a Receita Federal americana.

Agora, tudo isso já está no passado. E Helinho se recuperou de maneira mágica, extraordinária, com uma mais vitória espetacular na corrida mais importante do planeta.

A terceira dele em Indy.

Daqui para a frente, o que vier já é lucro.

O conto de fadas real que Helinho viveu daria filme de Hollywood.

Análise do Grande Prêmio - Mônaco/Monte Carlo (24/05/2009)

Análise dos pilotos:

Jenson Button. Mais uma corrida perfeita para o líder do campeonato. Nota 10
Rubens Barrichello. Batido por Button num circuito onde costumava se dar bem. Nota 6
Kimi Raikkonen. Não foi brilhante, mas levou a Ferrari de volta ao pódio. Nota 8
Felipe Massa. Prejudicado por Vettel no início, poderia ter tido um resultado melhor. Nota 7
Mark Webber. Assim como na Espanha, fez prova discreta e eficiente. Nota 7
Nico Rosberg. Provou que é realmente bom em circuitos de rua. Nota 8
Fernando Alonso. Com o carro que tem, não tinha como fazer mais. Nota 7
Sebastien Bourdais. Marcou um pontinho fundamental para a sua carreira na F-1. Nota 8
Giancarlo Fisichella. Tirando Button, foi o melhor piloto do dia. Nota 9
Timo Glock. Errou no sábado, lutou bastante no domingo, mas ficou longe dos pontos. Nota 4
Nick Heidfeld. Largando de trás, quase não foi notado e teve outro resultado modesto. Nota 5
Lewis Hamilton. O erro na classificação destruiu o seu fim de semana. Nota 3
Jarno Trulli. Fez prova burocrática e terminou lá atrás. Nota 3
Adrian Sutil. Apareceu bem no treino classificatório, mas a equipe errou a estratégia. Nota 6
Kazuki Nakajima. Como estava sumido, resolveu bater o carro na última volta. Nota 2
Heikki Kovalainen. Teve uma chance de ofuscar Hamilton e não aproveitou. Nota 3
Robert Kubica. Continua sem calvário. Ainda não pontuou na temporada. Nota 4
Sebastian Vettel. Foi vítima do muro na curva Saint Devote. Nota 4
Nelsinho Piquet. Dessa vez, o mau resultado não foi culpa sua. Nota 6
Sebastien Buemi. Afobado, acabou com a sua corrida e com a de Nelsinho já no início. Nota 2

Análise das equipes:

Brawn. Continua dando um olé na concorrência. *****
Red Bull. Pode já ter sido superada pela Ferrari. ***
Toyota. Carro instável e pilotos pouco inspirados. *
Ferrari. Enfim, um resultado animador. ****
McLaren. Ficou para trás por erros dos pilotos. **
Renault. Alonso, mais uma vez, salvou o time. ***
Williams. Rosberg, mais uma vez, salvou o time. ***
BMW. A grande decepção da temporada. *
Toro Rosso. Marcou um pontinho suado com Bourdais. ***
Force India. Quase chegou lá, mas ficou zerada de novo. ***

Análise da corrida:

O Grande Prêmio de Mônaco até teve algumas ultrapassagens - o que, se tratando de Monte Carlo, é algo impressionante - mas talvez tenha sido o mais chato da temporada. Os três primeiros lugares, por exemplo, foram decididos na largada.
Nível da corrida: Ruim

Análise do campeonato:

Jenson Button lidera o campeonato com folga e já é o franco favorito ao título deste ano. Um campeonato que se desenhava imprevisível, parece já decidido após apenas seis provas. Mas muita coisa ainda pode mudar.
Nível do campeonato: Mediano

Balanço dos Palpites:

Pole position: Sebastian Vettel. A pole foi de Jenson Button
Tempo da pole: 1:15.200. O tempo da pole foi 1:14.902
Grid aleatório (7º lugar): Nico Rosberg. O sétimo no grid foi Heikki Kovalainen
Melhor volta: Jenson Button. A melhor volta foi de Felipe Massa
Primeiro abandono: Kazuki Nakajima. O primeiro abandono foi de Sebastien Buemi
Zona de pontuação:
1. Mark Webber (Jenson Button)
2. Jenson Button (Rubens Barrichello)
3. Sebastian Vettel (Kimi Raikkonen)
4. Rubens Barrichello (Felipe Massa)
5. Fernando Alonso (Mark Webber)
6. Felipe Massa (Nico Rosberg)
7. Lewis Hamilton (Fernando Alonso)
8. Nico Rosberg (Sebastien Bourdais)
Placar da temporada:
Austrália - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Rubens Barrichello (segundo)
Malásia - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Jenson Button (PRIMEIRO)
China - Vencedor: Sebastian Vettel. Palpite: Rubens Barrichello (quarto)
Bahrein - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Jenson Button (PRIMEIRO)
Espanha - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Sebastian Vettel (quarto)
Mônaco - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Mark Webber (quinto)

Dessa vez, o Blog deu vexame e errou quase tudo. A aposta arriscada em Mark Webber não deu certo, embora o australiano não tenha feito uma corrida especialmente ruim. No geral, um desempenho péssimo no palpitão.
Nível dos palpites: Péssimo
Placar da temporada: Dois acertos em seis possíveis

Por hoje, é só. Até mais!

Mais uma vitória incontestável para Button

Em seis corridas, cinco vitórias para o virtual campeão da temporada, Jenson Button.

No GP de Mônaco deste domingo, o inglês conquistou uma vitória incontestável, de ponta a ponta, com grande autoridade.

Numa pista onde jamais tinha se dado muito bem, Button esteve sempre um degrau acima da concorrência - e, em especial, sempre num nível superior ao do companheiro Rubens Barrichello.

Saindo de terceiro no grid, Rubinho até passou a ter esperanças de vitória quando subiu para segundo na largada.

Mas o duelo foi decidido a favor de Button logo no início.

Dono de um estilo limpo e preciso, o inglês soube tratar os pneus macios de maneira bem mais conservadora do que o veterano Barrichello.

E, nas quinze primeiras voltas - período no qual os dois pilotos da Brawn correram com compostos macios - Button abriu 12 segundos de vantagem.

A corrida já se decidiu aí.

A partir do primeiro pit stop, tudo o que Button fez foi administrar a vantagem e literalmente passear por Monte Carlo. Mais uma vitória maiúscula para o líder do campeonato.

Para Rubinho, restou o segundo lugar.

O veterano superou a dupla da Ferrari, que fez boa corrida e provou já ter um carro com potencial para vencer corridas.

Kimi Raikkonen não foi muito mais rápido do que Felipe Massa, mas terminou à frente do brasileiro porque não perdeu tempo no início da corrida atrás de Sebastian Vettel.

Enquanto o finlandês teve a chance de escapar na frente com os pilotos da Brawn, Massa ficou limitado pelo alemão da Red Bull, que tinha sérios problemas de pneu.

No fim da corrida, o brasileiro encostou em Raikkonen e provou que era até mais rápido - tanto que fez a melhor volta da corrida.

Mas coube ao "Homem de Gelo" quebrar o jejum de pódios da Ferrari neste ano e amenizar a crise no time de Maranello.

Atrás da dupla da Ferrari, o australiano Mark Webber fez corrida segura e consistente para terminar em quinto.

Embora bem menos badalado do que Vettel, Webber está apenas 4,5 pontos atrás do companheiro no campeonato. Isso porque o alemão, apesar de muito rápido, continua cometendo erros.

Dessa vez, Vettel bateu sozinho quando vinha em condições de salvar pelo menos um sétimo lugar. Não seria nada extraordinário, mas é o típico resultado que pilotos experientes não desperdiçam.

Na Williams, Nico Rosberg terminou em sexto e igualou seu melhor resultado na temporada.

Pena que a equipe inglesa conte com um piloto só - Kazuki Nakajima, que resolveu bater sozinho na última volta, não tem nível para ser titular na Fórmula 1.

Fecharam a zona de pontuação o valente Fernando Alonso, num honroso sétimo, e o renascido Sebastien Bourdais, que aliviou a pressão sobre si ao marcar um valioso pontinho no oitavo lugar.

Depois do vencedor Button, o melhor piloto do domingo foi Giancarlo Fisichella.

Numa corrida sem adversidades e com poucos abandonos, o italiano conseguiu levar o modesto carro da Force India ao nono posto.

Ficou fora da zona de pontuação, o que é uma pena. Mas obteve um resultado para animar a equipe.

O fim de semana para Toyota, BMW e McLaren terminou sem pontos e nenhum motivo para comemorar.

Após bater no sábado, Lewis Hamilton não foi além de 12º, a uma volta de Button. Um GP de Mônaco para o campeão esquecer.

Outro que deixa Monte Carlo lamentando é Nelsinho Piquet.

Sem culpa alguma, o brasileiro foi abalroado por Sebastien Buemi no início da prova. Se não fosse isso, certamente teria terminado em oitavo, à frente de Bourdais, marcando seu primeiro ponto na temporada.

Nelsinho continua zerado e sob pressão. Ao menos, dessa vez o mau resultado não foi sua culpa.

Daqui a duas semanas, o GP da Turquia é a sétima etapa da temporada.

Na pista onde venceu nos últimos três anos, Felipe Massa tem a chance de retornar ao lugar mais alto do pódio.

Mas vai ter de derrotar Jenson Button e a Brawn, o que parece muito difícil no momento.