sábado, 31 de janeiro de 2009

Ferrari e McLaren se unem pelo futuro da Fórmula 1

Nada como uma crise para diminuir o ego dos chefões da Fórmula 1.

Antes rivais ferrenhas, Ferrari e McLaren engoliram o orgulho e declararam que estão trabalhando "extremamente próximas" em prol do futuro da categoria.

Nesta semana, o assessor de imprensa e porta-voz da Ferrari, Luca Colajanni, esteve na fábrica da McLaren na Inglaterra, num gesto para simbolizar a união entre as duas equipes.

"Se você falasse há um ano que eu estaria fazendo isso aqui hoje, eu não teria acreditado", disse Colajanni.

Nem ele e nem ninguém.

A mudança de postura de Ferrari e McLaren é reflexo direto da crise que ameaça a categoria.

Somente quando se sentiram em risco, as equipes se uniram para decidir o futuro da Fórmula 1, algo que já poderiam ter feito há mais tempo.

Enquanto estiveram isoladas, viram a FIA tomar para si a responsabilidade de ditar as regras da F-1 e o resultado todos nós já conhecemos.

A entidade já se cansou de fazer bobagem nas regras.

Às vezes volta atrás, às vezes insiste no erro, e sempre dá novas demonstrações de incompetência.

As contantes mudanças no formato do treino classificatória e a inacreditável regra do safety car são apenas alguns exemplos do que significa deixar a FIA comandar a Fórmula 1.

Agora, com as equipes unidas, a expectativa é que a situação mude.

Enfim, o regulamento também será ditado pelos representantes das escuderias, pessoas que realmente vivem a Fórmula 1.

Difícil dizer se as equipes vão "acertar a mão".

Mas espera-se, no mínimo, que não cometam mais os erros absursos que a FIA vinha repetindo nos últimos anos.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Renault começa o ano preocupada

Os testes de pré-temporada que a Fórmula 1 realizou na semana passada, em Portugal, foram uma decepção para todas as equipes.

A chuva, presente em praticamente todos os dias de atividades, estragou o cronograma que os times haviam preparado.

E isso, numa temporada em que os treinos coletivos estão prestes a serem exterminados, é tempo que não se recupera mais.

Mas uma equipe, em especial, saiu do circuito de Portimão bastante preocupada.

A Renault.

Nesta semana, o diretor técnico Pat Symonds admitiu que a equipe encontrou dificuldades com o novo modelo R29 e reconheceu que adversárias como a Williams estão mais avançadas na preparação para a temporada 2009.

Ainda não há motivo para a Renault entrar em pânico, mas é fato que Alonso e companhia estão preocupados.

No único dia de pista seca em Portugal, o espanhol não só amargou a última posição como também ficou a uma distância razoável dos demais pilotos.

Embora os tempos dos testes sirvam de pouquíssima referência, o desempenho da Renault pareceu realmente ruim.

Até o GP da Austrália, a Renault ainda tem algumas semanas para melhorar a adaptação aos pneus slicks e corrigir algumas falhas no R29.

O início do time, porém, foi "decepcionante", nas palavras do próprio diretor técnico Pat Symonds.

A temporada 2009 será decisiva para a equipe francesa.

A Renault precisa ter uma boa performance para assegurar os serviços de Alonso durante mais um tempo e também para convencer os executivos da montadora a manter o investimento na Fórmula 1.

Por mais que Alonso repita que está feliz na equipe e por mais que os dirigentes da Renault ressaltem o comprometimento da marca com a Fórmula 1, nada é garantido no instável cotidiano da categoria.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Bruno Senna na Fórmula 1 é questão de tempo

O ano de 2009 não começou da maneira como Bruno Senna imaginava.

Já estamos no fim de janeiro e, até agora, o piloto brasileiro ainda não tem seu destino para esta temporada definido.

Certamente, não era o que ele esperava há dois ou três meses, mas a retirada da equipe Honda mudou todos os planos.

Nesta quinta-feira, em entrevista ao programa Arena Sportv, Bruno reconheceu que a escuderia japonesa dificilmente vai encontrar um comprador nas próximas semanas.

E, se encontrar, terá pela frente um campeonato cheio de dificuldades.

Caso a porta da Fórmula 1 permaneça fechada, a opção para Bruno é a GP2. Nesse caso, permaneceria a um passo da F-1 e certamente seria o primeiro na fila para entrar na categoria.

Apesar disso, a GP2 não é aquilo que Bruno desejava para este ponto da carreira.

Já era para o piloto estar na Fórmula 1, mas as coisas não saíram como planejado.

A aposta de Bruno foi a Honda. Se der errado, terá sido por motivos que fugiram completamente de seu controle. Restaria esperar por outra chance.

Em 2009, a Fórmula 1 talvez tenha apenas Sebastien Buemi, da Toro Rosso, como novato.

Ou seja: está complicado mesmo para os estreantes arrumar um lugar ao sol.

Bruno precisa manter a tranquilidade e saber que continua muito perto de correr na Fórmula 1.

Mesmo que não faça parte do grid em 2009, é questão de tempo até que ele chegue lá.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Nem as próprias equipes conseguem prever como será a F-1 em 2009

Em época de pré-temporada, é comum usar o chavão de que os tempos não servem para nada e os resultados dos testes não devem ser usados como referência.

Neste ano, essa idéia vale mais do que nunca.

Com a mudança das regras para 2009, incluindo a volta dos pneus slicks e a restrição no uso de aparatos aerodinâmicos, a FIA pretende dar uma "bagunçada" na hierarquia da Fórmula 1.

Equipes que estavam atrás podem dar um salto de performance e outras que vinham andando entre as primeiras correm o risco de fazer o caminho inverso e cair para o fim do pelotão.

Por tudo isso, as equipes se mostraram muito cautelosas ao analisar os primeiros testes de pré-temporada do ano, realizados na semana passada em Portugal.

Das escuderias que andaram com o carro de 2009, a melhor foi a Williams.

O time inglês surpreendeu McLaren, Toyota e Renault ao colocar seu carro em segundo lugar no único dia de pista seca - o líder, Sebastien Buemi, correu com o modelo de 2008 da Toro Rosso.

Apesar do bom resultado, a Williams prefere não fazer previsões e se limita a dizer que o carro agradou em termos de confiabilidade porque não sofreu quebras.

Por outro lado, a Renault se recusa a comentar os boatos sobre uma suposta decepção com o novo modelo R29.

Segundo a revista Motorsport Aktuell, o bicampeão Fernando Alonso teria ficado desapontado com a performance do carro, especialmente nas curvas de baixa velocidade.

Pode não significar nada, mas no dia em que andou com o R29 em pista seca, Alonso terminou na última posição.

Dentro de poucas semanas, metade das equipes irá testar em Jerez, na Espanha, e a outra viaja para o circuito de Sakhir, no Bahrein.

A segunda rodada de testes de pré-temporada ainda não será suficiente para facilitar uma análise mais completa sobre o campeonato que começa no fim de março, mas já vai esclarecer algumas dúvidas.

Nos testes de Portugal, três equipes - McLaren, Toyota e Renault - enfrentaram problemas mecânicos.

Será que as quebras foram exceção ou vão se tornar mais comuns nas corridas deste ano?

Outra dúvida é sobre a durabilidade dos pneus slicks.

Em Portugal, os times perceberam que os compostos rendem melhor do que o esperado nas primeiras voltas, mas se deterioram também num ritmo mais rápido.

Pode ser apenas um erro de fabricação, que a Bridgestone promete corrigir logo, mas pode também se tornar um fenômeno com o qual as equipes vão precisar conviver em 2009.

A próxima rodada de testes só não vai ajudar a esclarecer uma dúvida.

Aliás, a mais importante de todas: quais equipes vão largar na frente na temporada de 2009.

Por enquanto, ainda é muito cedo, muito mesmo, para qualquer previsão sobre o próximo campeonato.

Dizer que a Williams está bem ou que a Renault começou mal não passa de mero chute.

Ninguém, nem mesmo dentro das próprias equipes, tem muita idéia do que vai acontecer em 2009.

No momento, não há nada a fazer mesmo a não ser esperar.

A partir de 29 de março, dia do GP da Austrália, todas as perguntas começarão a ser respondidas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

FIA conserta bobagem na regra do safety car

Demorou, mas finalmente a Federação Internacional de Automobilismo corrigiu a amadora regra do safety car, que causou distorções lamentáveis nos últimos dois anos.

Até 2006, a regra permitia que os pilotos entrassem nos boxes mesmo quando o carro de segurança estava na pista, sem restrições.

A partir de 2007, o pit lane passou a ficar fechado nas voltas imediatamente posteriores à entrada do safety car.

A mudança, inspirada no automobilismo norte-americano, não deu certo por causa de dois problemas básicos.

O primeiro era que os pilotos que seguiam para os boxes logo após a abertura do pit lane eram obrigados a esperar, na saída dos boxes, pela passagem de todos os outros que ficaram na pista.

Aqueles que avançavam o sinal vermelho eram impiedosamente desclassificados.

Foi isso o que aconteceu com Massa e Fisichella no GP do Canadá de 2007 e com Rubinho no GP da Austrália de 2008, apenas para citar os dois casos mais famosos.

Mas o segundo e principal problema era que os pilotos precisavam se alinhar atrás do safety car antes de receber a permissão para entrar nos boxes.

Quem já havia parado, portanto, se dava muito bem, num lance de mais simples sorte.

Os que ainda não haviam reabastecido precisavam esperar ou - pior ainda - entrar no box fechado por pura falta de gasolina, o que provocava imediata punição.

Sem culpa nenhuma, esses pilotos viam sua corrida prejudicada de forma flagrante.

E assim, de vez em quando, a regra do safety car criava resultados absolutamente artificiais.

A partir de 2009, a FIA promete que a situação vai mudar e a regra do safety car não vai mais ser responsável por decidir o resultado de algumas provas.

A entidade bolou um dispositivo eletrônico que ficará no volante dos pilotos e vai dizer a cada um deles em qual ponto da pista ocorreu o acidente que trouxe o safety car ao circuito.

Além disso, mais importante, o sistema vai informar um limite de velocidade para os pilotos seguirem até os boxes.

Assim, a FIA pretende evitar que os carros voem para os pits logo que o safety car seja acionado.

O dispositivo da entidade parece engenhoso e já foi testado à exaustão no ano passado, mas ainda precisa receber aprovação na prática.

Na teoria, a idéia da FIA para a nova regra do safety car é realmente certeira.

Entretanto, os dirigentes da Fórmula 1 já erraram tantas vezes no regulamento da categoria que nunca é demais ficar com um pé atrás.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

GP de Portugal pode voltar ao calendário da Fórmula 1

Em meio à avalanche de notícias sobre crise econômica e corte de gastos, é animador saber que Portugal pode estar perto de voltar a receber a Fórmula 1.

Ao menos, é isso o que garante a revista local Autosport.

Em reportagem publicada nesta semana, a publicação afirma que Bernie Ecclestone já conversa com os administradores do autódromo do Portimão, no sul do país, para realizar o GP de Portugal pela primeira vez desde 1996.

Num calendário dominado por locais exóticas como Bahrein, Malásia e Abu Dhabi, é bom perceber que a "terrinha" chamou a atenção do todo-poderoso Ecclestone.

A Fórmula 1 faria bem em voltar a um lugar de ambiente leve, descontraído e que, enquanto esteve no calendário, sempre foi uma das paradas mais populares da categorias.

Além disso, o circuito do Portimão é realmente espetacular.

Recheado de subidas e descidas, logo conquistou a admiração de pilotos e equipes desde os primeiros testes lá realizados.

Também possui ótima estrutura para a Fórmula 1 e fica numa área de grande apelo turístico.

Resta saber se os diretores da pista vão conseguir arcar com todas as exigências de Ecclestone, em especial com as altas taxas que todos os promotores das provas pagam para realizar um GP da Fórmula 1.

Mas fica aqui a torcida do Blog.

Se Portugal acertar seu retorno ao calendário, será uma das melhores notícias que a Fórmula 1 recebeu nos últimos meses.

domingo, 25 de janeiro de 2009

O que esperar de Nelsinho Piquet em 2009?

Nelsinho Piquet está confiante para a temporada 2009 da Fórmula 1.

Neste sábado, o titular da Renault afirmou que o seu objetivo para o próximo campeonato é terminar entre os cinco primeiros no Mundial de Pilotos.

Uma meta possível, mas realmente difícil de ser alcançada.

Depois de uma temporada de estreia marcada pela irregularidade, Nelsinho começa este ano cercado de bem menos expectativas.

No início de 2008, havia quem apostasse que o brasileiro seria capaz de desafiar Fernando Alonso na Renault, o que jamais aconteceu.

Em 18 corridas, o espanhol largou na frente em todas.

Apesar disso, a estreia de Nelsinho não foi especialmente ruim.

O brasileiro teve momentos de brilhantismo, como o sexto lugar na Hungria, o quarto no Japão e, principalmente, o espetacular segundo posto na Alemanha.

Resultado que contou com a ajuda do safety car, mas que confirmou o potencial de Nelsinho para andar entre os primeiros.

Agora, para 2009, Nelsinho está estabelecendo uma meta bem ambiciosa.

Terminar entre os cinco primeiros será complicado e vai depender bastante da nova Renault R29.

Mas a posição final de Nelsinho no campeonato ainda não importa tanto ainda.

O essencial, para o jovem piloto brasileiro, é conquistar de vez seu lugar na Renault e, por consequencia, se firmar na Fórmula 1.

Se não tivesse o sobrenome Piquet, talvez Nelsinho não tivesse sobrevivido ao instável campeonato que fez no ano passado.

Ganhou outra chance, mas precisa provar que merece um espaço no seleto grid da Fórmula 1.

Não se trata de terminar o campeonato à frente de Alonso.

Nem de ficar entre os cinco ou dez primeiros na classificação final do ano.

Para Nelsinho, o grande objetivo para 2009 é ganhar de vez o respeito do mundo da Fórmula 1.