sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Buemi tem potencial para repetir trajetória de Vettel

A Toro Rosso encerrou metade da novela sobre sua dupla de pilotos para 2009.

Nesta sexta-feira, a equipe finalmente confirmou o suíço Sebastien Buemi como titular, algo que já era dado quase como certo desde dezembro.

Agora, a outra vaga parece estar entre Sebastien Bourdais e Takuma Sato.

Mas a Toro Rosso ainda deve esperar a definição sobre a Honda para tomar uma decisão.

Afinal de contas, o inglês Jenson Button não é um nome a ser descartado.

Falando do novato Buemi, é difícil fazer uma previsão sobre o que o suíço será capaz de fazer em 2009.

Mas um sujeito que chega à Fórmula 1 com 20 anos mal completados não pode ser simplesmente ruim.

Desde 2005, Buemi é integrante do programa de jovens pilotos da Toro Rosso.

Na comparação com outras revelações do projeto, o suíço está mais para Vettel do que para Liuzzi, Klien, Speed, Friesacher ou Doornbos, apenas para citar alguns que falharam em se firmar na F-1 recentemente.

Buemi é um piloto que chega na Fórmula 1 para ficar.

Dificilmente sua permanência na categoria vai se limitar a uma ou duas temporadas.

Se um dia vai brigar por vitórias ou títulos, ainda é muito cedo para saber.

Mas Buemi é um nome a ser observado com bastante atenção.

Ainda não está no nível do antecessor Vettel, mas tem potencial para chegar lá.

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A chegada de Buemi à Fórmula 1 é uma má (ou seria boa?) notícia para Robert Kubica.

Pela primeira vez, o polonês tem um rival de peso na categoria "mais feio".

Afinal, assim como Kubica, Buemi tem um avantajado nariz que não passa desapercebido...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A primeira vítima do Dakar 2009

Quando os organizadores do Rally Dakar anunciaram que a competição seria realizada na América do Sul em 2009, muita gente achou que o rally perderia completamente a sua identidade.

Agora, com apenas cinco dias de disputa concluídos, já dá para afirmar que os riscos, ao menos, continuam os mesmos.

Nesta quarta-feira, a organização confirmou a morte do francês Pascal Terry, primeira vítima do Dakar 2009.

O piloto de 49 anos estava desaparecido desde o domingo e foi encontrado numa região de difícil acesso, entre Santa Rosa e Puerto Madryn.

Seu corpo estava debaixo de uma árvore, onde Terry tentou se abrigar depois de sofrer um acidente.

Durante algum tempo, ele ainda tentou se alimentar de alimentos disponíveis no local, mas não resistiu. Agora, uma autópsia vai revelar qual foi a causa da morte.

Além dele, o Dakar 2009 já teve outros acidentes graves.

Vários motociclistas precisaram ser levados ao hospital, inclusive o brasileiro João Tagino.

Ao menos, estão todos fora de risco.

Diferente dos ingleses Paul Green e Matthew Wilson, que estão em coma induzido e em estado grave num hospital argentino.

O pior é que o Dakar ainda não está nem na metade e o temido Deserto do Atacama, no Chile, nem chegou ainda.

Há quem não entenda os riscos que os competidores assumem quando resolver participar doo Dakar.

Realmente, não dá muito para explicar.

Mas disputar o rally mais perigoso do mundo é, de fato, uma aventura inesquecível.

Completar o Dakar se equivale, sem muito exagero, a escalar uma das maiores montanhas da Cordilheira do Himalaia.

Somente quem chega ao fim pode saber exatamente o que isso significa.

O francês Pascal Terry, encontrado morto nesta quarta-feira, tinha total conhecimento sobre os riscos que corria quando resolveu disputar o Dakar.

Morreu quando disputava a maior aventura de sua vida, talvez um acontecimento que ele esperava há muitos e muitos anos.

O Dakar, quando foi concebido, não incluia a morte.

Mas o risco, sim.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Primeiras impressões sobre o novo Dakar

Falta pouco para o Blog voltar ao ritmo normal, com atualizações diárias, mas o espaço ainda está em ritmo de "operação-padrão". O próximo post vem na quarta-feira à noite

Até agora, já foram cumpridos três dias do novo Rally Dakar, agora disputado na América do Sul, e os competidores têm enfrentado mais problemas do que o previsto.

Na categoria carros, por exemplo, a poderosa Mitsubishi já perdeu um de seus quatro bólidos principais, pilotado pelo japonês Hiroshi Masuoka.

Em todas as categorias, os favoritos vêm tendo dificuldades.

Outro exemplo: o atual campeão da motos, Cyril Despres, já teve dois pneus furados e se arrasta na 21ª posição do Dakar.

Está atrás, inclusive, do brasileiro José Hélio Guimarães Filho, o Zé Helio, que se mantém num ótimo 11º lugar.

Nos carros e nos caminhões, os representantes brasucas também se destacam.

Embora estreantes no Dakar, Guilherme Spinelli e Marcelo Vivolo aparecem em 11º nos carros e são os melhores entre os que correm com modelos Mitsubishi sem o apoio da fábrica.

Entre os caminhões, o experiente André Azevedo vem tendo um desempenho muito consistente e ocupa a quinta posição.

O Dakar já cumpriu três dos 15 dias de competição e ainda é bem cedo para apontar eventuais vencedores.

Mesmo o espanhol Marc Coma, que lidera entre as motos com 40 minutos de vantagem sobre o vice-líder, precisa estar sempre alerta.

O trecho mais complicado do Dakar 2009, que inclui o Deserto do Atacama, no Chile , ainda está por vir.

A competição certamente ainda revela muitas surpresas.

Uma impressão inicial? Por enquanto, o Dakar na América do Sul vai agradando pelas dificuldades extras e pelo bom destaque que vem ganhando na imprensa.

Apesar de tudo, ainda não supera o formato original da prova, passando pela África.

O trajeto Chile-Argentina não é ruim, muito pelo contrário.

Mas a verdadeira identidade do Dakar parece ter sido perdida.

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Boa notícia para quem gosta de velocidade aqui no Brasil, especialmente em São Paulo.

De maneira meio súbita e surpreendente, a organização da A1GP anunciou que a etapa final da temporada 2008-09 será realizada em Interlagos, no dia 17 de maio.

Depois da Fórmula 1, a A1GP é a categoria internacional mais importante que vai passar pelo país, rivalizando com a etapa do Mundial de Turismo em Curitiba.

Finalmente, o sonho de Emerson Fittipaldi de ver a categoria no Brasil vai se realizar.

Agora, resta torcer para que a equipe brasileira comece a produzir os resultados que dela se esperam.

Não se trata de vencer obrigatoriamente tudo, como cobraria aquele torcedor mais fanático e exigente.

Mas o time do Brasil tem o dever de estar sempre, ao menos, disputando as primeiras posições.

Somente assim a A1GP vai ganhar a popularidade que sonha ter no país.