sábado, 7 de março de 2009

Rubinho sonha com vitórias

Rubens Barrichello é um cara otimista.

Recém-contratado pela Brawn GP, o veterano já sonha com pódios e até com vitórias em seu primeiro ano com a nova equipe.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Rubinho afirmou que não continua na Fórmula 1 apenas com o objetivo de aumentar seu recorde de mais largadas e garantiu: "Quero ganhar".

Sim, ganhar é algo que os 20 titulares querem.

Chegar lá é outra história.

Para 2009, nem mesmo a mais otimista das previsões sobre a Brawn GP inclui possibilidades de vitórias.

Por mais bem-nascido que possa ser o carro e por melhor que seja o motor Mercedes em relação ao antigo Honda, o orçamento limitado da nova equipe vai fazer diferença.

A Brawn GP luta para ficar longe do fim do grid e, de vez em quando, marcar alguns pontos.

Mais do que isso já seria uma previsão confiante demais.

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Em tempo: e se Rubinho chegasse lá e vencesse uma corrida?

Seria um dos maiores feitos da história da Fórmula 1, talvez a maior reviravolta que a categoria já viu.

Sonhar não custa nada, e Rubinho tem todo o direito de se imaginar vencendo novamente.

Tomara que isso aconteça. Seria realmente espetacular.

Mas é quase impossível...

quinta-feira, 5 de março de 2009

Expectativas sobre a nova Brawn Racing

Foram exatamente três meses de agonia para os funcionários da Honda F1.

No dia 5 de dezembro do ano passado, a montadora japonesa anunciou sua imediata saída da Fórmula 1.

Nesta quinta-feira, 5 de março, a arrastada novela sobre o futuro da equipe finalmente terminou.

Nada de bilionários aventureiros assumindo o controle das atividades.

Quem vai tomar o comando é Ross Brawn, um sujeito que certamente nunca havia se imaginado como dono de equipe na Fórmula 1.

Mas as circunstâncias parecem premiar aqueles que são os mais competentes.

E agora, em 2009, o engenheiro inglês terá a oportunidade de provar sua capacidade de liderar toda uma equipe como dono da recém-criada Brawn GP.

Para o início do ano, a expectativa é mesmo andar no fim do grid.

Com dinheiro limitado e poucas oportunidades de testes, será difícil mesmo reverter essa situação no restante da temporada.

De Ross Brawn, entretanto, não se deve duvidar.

Há quem diga que a equipe não vai durar mais de um ano e serve apenas para ocupar lugar no pelotão enquanto um comprador melhor não aparecer no pedaço.

Sim, pode ser isso mesmo.

Mas Brawn não colocaria seu nome na equipe se não acreditasse um pouco no futuro dela.

O novo carro está pronto e, desde o ano passado, já era considerado bastante promissor pela então Honda.

A dupla de pilotos, Button e Barrichello, é boa, experiente e entra muito motivada para mostrar seu valor após o susto de quase ficar sem emprego.

Além de tudo isso, a equipe terá os motores Mercedes, que representam um enorme passo à frente em relação aos fraquíssimos propulsores japonesas que a equipe usou no ano passado.

Não, não é tão improvável assim que a Brawn GP surpreenda e entre na briga por pontos, principalmente na segunda metade da temporada.

É difícil, mas está longe de ser impossível.

Embora as expectativas sejam modestas, a Brawn GP não deseja começar a temporada como mera coadjuvante.

Até quando vai durar a equipe? Não dá para saber.

Por hora, o grande objetivo da Brawn GP é provar que tem capacidade para ser competitiva no grid da Fórmula 1.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Um campeonato imprevisível e muito equilibrado

A melhor conclusão que se pode tirar da pré-temporada até agora é que ninguém sabe exatamente o que está acontecendo.

Alguns até arriscaram uns palpites para o próximo campeonato, mas cada um tem a própria opinião.

Felipe Massa, por exemplo, aponta Red Bull e Toyota como nomes a observar na temporada deste ano.

A dupla da Renault, Fernando Alonso e Nelsinho Piquet, aposta que Ferrari e McLaren vão continuar a dominar o grid.

E o atual campeão Lewis Hamilton tem um palpite interessante para surpresa de 2009: a Force India, mais nova parceira da McLaren.

A pouco menos de um mês do GP da Austrália, não há como prever o que vai acontecer no circuito de Albert Park.

A aposta mais segura é que as duas equipes de sempre, Ferrari e McLaren, serão as principais candidatas a vitória.

Mas nada é garantido.

A equipe mais mineira da Fórmula 1, a BMW, mantém o estilo discreto na pré-temporada e pode estar escondendo o jogo para o próximo campeonato. Não duvide de Robert Kubica, que fez ótima corrida em Melbourne no ano passado antes de ser acertado por Kazuki Nakajima.

Sobre a Renault, muitos disseram que a equipe errou a mão no carro. Mas Alonso liderou os testes desta quarta em Jerez e há a suspeita de que o time estaria andando com um motor de giro reduzido nos treinos coletivos, o que explicaria o desempenho relativamente fraco.

Um pouco mais longe dos holofotes, o trio formado por Red Bull, Toyota e Williams também está pronto para surpreender.

Apenas os azarões Toro Rosso, Force India e "Brawn Racing" parecem mais longe de brigar por pontos na Austrália.

Do resto, tudo se pode esperar.

Quando as regras mudaram, a opinião dos especialistas era de que a distância entre as equipes aumentaria em 2009.

Isso realmente vai acontecer, mas numa escala bem menor do que a prevista.

Em 2009, o campeonato da Fórmula 1 será imprevisível e muito equilibrado.

terça-feira, 3 de março de 2009

Rubinho vence Senna na disputa por uma vaga na "nova Honda"

E eis que Rubens Barrichello virou o jogo, atropelou Bruno Senna na hora da decisão e está praticamente confirmado na "nova Honda", que deve se chamar Brawn Racing.

Ao que tudo indica, a assinatura do contrato não passa de mera formalidade e Rubinho já pode se considerar integrante do grid da Fórmula 1 em 2009.

Para o novato Senna, resta buscar outra alternativa para este ano. Na Fórmula 1, não há mais vagas.

Sobre a dramática mudança de panorama dos últimos dias, vale a pena destacar alguns pontos.

O primeiro deles: Rubinho era o preferido de Ross Brawn, mas encontrava forte objeção de Nick Fry, um sujeito com quem o veterano realmente nunca se deu muito bem.

Quando deixou as negociações para a venda da Honda, Fry deu a Brawn o poder para comprar a equipe e escolher os pilotos.

Foi aí, neste momento, que Rubinho passou a ser o favorito na disputa com Senna, na "reviravolta" que deu um novo rumo a toda essa novela.

Segundo ponto: Bruno Senna perdeu a disputa, mas a culpa não é dele.

Ross Brawn escolheu Rubinho para a equipe por considerar valiosa a experiência e a dedicação do veterano, e não porque tenha achado Senna incapaz de assumir a vaga.

Assim como Lucas di Grassi, Senna amargou a derrota em razão das circunstâncias, sem ter feito exatamente algo de errado durante todo o período de indefinição.

Fosse a disputa por uma vaga na equipe oficial da Honda, o sobrinho de Ayrton dificilmente teria saído derrotado.

Terceiro ponto: Rubinho ganhou a vaga por mérito próprio, sem apelar para patrocinadores ou amigos influentes.

Assinou um novo contrato por fruto de seu próprio trabalho, como reconhecimento de todo o esforço que dedicou à Honda nas últimas duas temporadas.

Sinal de que sua imagem na Fórmula 1 continua valorizada.

No momento, Rubinho está ligado à Brawn Racing

Mas nada impede que siga para outra equipe no futuro, embora essa possibilidade não seja lá a mais provável.

Quarto ponto: as expectativas para a Brawn Racing são realmente modestas, então Rubinho terá de lutar para manter sua motivação em alta.

Nos últimos dois anos, correndo com o péssimo carro da Honda, Barrichello cumpriu este objetivo e se dedicou 100% o tempo inteiro.

Ao contrário do companheiro Button, que teve uma clara queda de rendimento ao perceber que a Honda não correspondia às suas expectativas.

Em 2009, a tendência é que Brawn Racing corra no fundo do grid, sem muitas perspectivas de melhora.

Até quando Rubinho vai estar disposto a andar entre os últimos? Ou será que existe alguma chance de inverter o panorama?

Quinto e último ponto: Rubinho continua na Fórmula 1, mas isso não significa que seu futuro na categoria está garantido.

Embora não se saiba ainda o tempo de contrato com a Brawn Racing, é provável que não passe de um ano.

A própria permanência da equipe após a próxima temporada não está assegurada.

Rubinho, portanto, vai continuar com sua luta para provar que merece um lugar no grid.

Será mais um campeonato decisivo para o veterano.

A partir de agora, Rubinho deverá se superar a cada temporada para não se obrigado a aceitar a aposentadoria forçada.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A pré-temporada mais chata dos últimos tempos

Está realmente faltando sorte para as equipes na atual pré-temporada da Fórmula 1.

Se não bastasse a limitação dos treinos coletivos, a chuva também tem se encarregado de tirar muito tempo de pista dos pilotos.

Nesta segunda, choveu o dia inteiro em Jerez de la Frontera e o alemão Timo Glock foi o mais rápido, numa sessão que não serviu de nenhuma referência.

Prova disso é que Felipe Massa, com a Ferrari, nem chegou a sair dos boxes.

Ou seja: testar hoje realmente não era tão importante assim...

Mais um dia praticamente perdido para as equipes e mais um sessão de testes de pré-temporada que não traz nada de muito interessante.

Até agora, a pré-temporada de 2009 vem se revelando a mais chata dos últimos tempos.

Se não fosse a novela sobre o futuro da Honda, a imprensa especializada precisaria suar muito para encontrar assuntos dignos de chamar qualquer atenção.

Como é muito difícil fazer previsões, não há quem se arrisque, quem faça uma aposta para apimentar um pouco as coisas.

No momento, o espírito de "nada sei" impera nas equipes e a pré-temporada, por causa disso, vai ficando mais monótona.

Mas isso tem data para acabar.

Os fãs da Fórmula 1 já estão em contagem regressiva para o GP da Austrália, que acontece no próximo dia 29.

Se a pré-temporada foi chata, a temporada em si deve superar as expectativas.

Não existe um favorito destacado, um piloto a ser batido. McLaren e Ferrari ainda são as favoritas, mas a hegemonia das duas está mais ameaçada do que nunca.

Resta esperar e aguentar o atual período de marasmo.

Falta pouco para a F-1 voltar à verdadeira ação.

Como ninguém conseguiu testar tudo como planejado, as primeiras corridas devem reservar boas surpresas e resultados imprevisíveis.

E, nesse aspecto, talvez a pré-temporada chata seja até um bom sinal...

domingo, 1 de março de 2009

Um ano decisivo para a Force India

Dizem que o segundo ano de uma equipe na Fórmula 1 é sempre mais difícil do que a temporada de estreia.

A Force India vai tentar desmentir essa máxima no campeonato de 2009.

Neste fim de semana, a equipe lançou o novo modelo VJM2 com a promessa de brigar por pontos com regularidade e superar a frustrante performance do ano passado, quando até teve lampejos de bom desempenho, mas não marcou nenhum ponto.

Dessa vez, a pressão na equipe será muito maior e vem principalmente do dono da equipe, Vijay Mallya, um sujeito que não entra em negócio nenhum para perder.

Se a performance modesta de 2008 se repetir, fica difícil acreditar que a Force India tem qualquer futuro na Fórmula 1. Entretanto, as perspectivas da equipe não são ruins assim.

Em novembro passado, Mallya fechou uma parceria importante com a McLaren e a Mercedes, numa manobra que surpreendeu muita gente da Fórmula 1.

Sem dúvida alguma, o apoio do time prateado vai ser um belo empurrão para a modesta Force India.

Além disso, Mallya demitiu o chefe de equipe Collin Kolles e o diretor técnico Mike Gascoyne, os dois maiores medalhões da Force India, e assumiu ele mesmo a função de principal dirigente da escuderia nos fins de semana de GP.

Empresário de muito sucesso, Mallya percebeu que precisava entrar de cabeça na Force India para não ver o investimento fracassar.

Em praticamente todas as suas aventuras, o indiano se deu bem. A Fórmula 1 é um negócio de risco, mas Mallya entrou no jogo decidido a ganhar.

Embora, a Force India ainda esteja bem longe das primeiras posições, duvidar do potencial da equipe pode se revelar um grande erro.

Dependendo do entrosamento com a McLaren, a Force India pode até ser a grande surpresa da próxima temporada, que será decisiva para o futuro da equipe.

Em 2009, o time indiano terá um ano de afirmação.

A Force India precisa provar que veio à Fórmula 1 para ficar.