quinta-feira, 9 de abril de 2009

Aviso

Em virtude do feriado de Páscoa, este Blog ficará sem atualizações até a noite do próximo domingo.

A você, um bom feriado! E não exagere nos chocolates...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A McLaren pode mesmo ser excluída do campeonato?

E continua o processo de pública humilhação para a McLaren.

Nesta quarta-feira, o todo-poderoso chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, alertou: a equipe pode até ser excluída do campeonato deste ano em virtude do caso da mentira no GP da Austrália.

Tecnicamente, essa possibilidade já existia e todos já sabiam disso.

Mas ninguém levava muito a sério.

O aviso de Ecclestone serve para mostrar como a FIA considerou grave a atitude da McLaren e pode tomar uma decisão radical no próximo dia 29, quando acontece a reunião do Conselho Mundial para avaliar o caso.

A opinião deste Blog é clara: a McLaren merece, sim, receber algum tipo de punição.

A exclusão do campeonato, entretanto, é uma pena muito exagerada e de pouco bom senso.

Como explicar a eliminação da McLaren para uma montadora como a Mercedes, parceira do time prateado há mais de uma década?

E a legião de fãs de Lewis Hamilton, como reagiria?

Isso sem falar nos demais patrocinadores da McLaren, que investiram dinheiro no sucesso da equipe.

E nas centenas de funcionários que correriam sério risco de demissão caso o time seja impedido de disputar o restante da temporada.

Há simplesmente muitos interesses em jogo para apostar na exclusão da McLaren como a hipótese mais provável.

Mas o fato é que a FIA anda imprevisível nos últimos tempos.

Não é impossível que a entidade elimine a McLaren do campeonato.

terça-feira, 7 de abril de 2009

McLaren precisa receber alguma punição por mentira

Dois anos após o escândalo de espionagem, a McLaren cai num novo inferno astral.

Nesta terça-feira, a FIA anunciou que o time prateado será chamado a prestar esclarecimentos no Conselho Mundial sobre o caso da mentira no GP da Austrália.

Durante as próximas semanas, o time prateado vai passar por mais um processo de desgaste muito forte.

Dessa vez, até mesmo Lewis Hamilton teve sua imagem arranhada.

Boatos chegaram a afirmar que o inglês teria propostas de outras categorias e poderia até mesmo se transferir para a Ferrari.

Nada disso vai acontecer no futuro próximo, pode ter certeza.

Mas a relação antes familiar entre Hamilton e a McLaren ficou seriamente comprometida.

O campeão, pela primeira vez, deve ter imaginado seu futuro fora da equipe.

Para a McLaren, o segundo escândalo de grande magnitude num espaço de apenas duas temporadas pode custar caro.

Pior do que receber mais uma multa milionária da FIA.

Pior do que colocar em risco a estável parceria com a Mercedes.

Pior do que expor ao ridículo o atual campeão do mundo, um ídolo em seu país.

Pior do que pôr a culpa toda num único funcionário, o engenheiro Dave Ryan, que pode até ter errado, mas certamente não merece ser usado como bode expiratório.

Pior do que tudo isso é comprometer uma reputação belíssima e grandiosa construída através de décadas de muito trabalho e dezenas de vitórias na Fórmula 1.

A McLaren, ao menos, teve o mérito de admitir o erro e reconhecer que, de fato, mentiu aos comissários.

Apesar disso, o time prateado já é reincidente.

Por mais que este blog ainda considere exagerada a desclassificação a Hamilton no GP da Austrália, é claro que alguém precisa receber uma punição.

A equipe, no caso, não pode sair ilesa após uma atitude tão antidesportiva.

Uma multa exemplar seria uma atitude correta por parte da FIA.

Em tempos de cortes de custo, seria um castigo merecido para os dirigentes da McLaren.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mercedes usa imprensa para mandar recado à McLaren

O boato do dia recupera uma história que chegou a circular com relativa força durante os primeiros meses do ano: a Mercedes estaria prestes a deixar a Fórmula 1.

Ao menos, é isso o que afirma a imprensa alemã.

Os motivos para a suposta retirada da Mercedes seriam o mau início de temporada da McLaren, o escândalo da mentira de Hamilton no GP da Austrália, o caso de espionagem de 2007 e a crise financeira internacional.

Uma reunião estaria marcada para esta quarta-feira entre o diretor de competições Norbert Haug e executivos da Mercedes para decidir sobre a permanência ou não da marca na Fórmula 1.

Se a saída for a opção escolhida, a montadora se retira no fim deste ano e deixa órfãs McLaren, Force India e Brawn GP.

Quase um terço do grid ficaria sem motores.

Ainda não dá para saber se a intenção de sair é mesmo clara, mas parece óbvio que a Mercedes não está nada satisfeita com o início deste ano.

Embora a cliente Brawn tenha vencido as duas provas iniciais da temporada, o que provou o ótimo desempenho dos propulsores alemães, a parceira McLaren vai se arrastando na pista e se afundando em escândalos fora dela.

A notícia que circulou nesta segunda está mais para um aviso do que propriamente uma ameaça concreta.

A Mercedes está irritada com os episódios que mancharam um pouco a imagem da McLaren e resolveu mandar um recado pela imprensa.

No momento, seria incoerente abandonar a Fórmula 1.

Apesar da crise econômica e das derrapadas da McLaren, uma equipe empurrada pela Mercedes lidera o campeonato e a audiência da Fórmula 1 na Alemanha está aumentando.

Além disso, a Honda teve uma publicidade extremamente negativa com o anúncio de sua retirada da categoria.

A Mercedes, com certeza, sabe que pode se arrepender se tomar uma decisão imediatista como a da concorrente japonesa.

Este Blog aposta com segurança na permanência da Mercedes na Fórmula 1.

Mas a saída dos alemães, infelizmente, não é impossível.

domingo, 5 de abril de 2009

Análise do Grande Prêmio - Malásia/Sepang (05/04/2009)

Análise dos pilotos:

Jenson Button. Mais uma performance perfeita do renascido inglês. Nota 10
Nick Heidfeld. Estratégia brilhante. Conseguiu a proeza de fazer um só pit stop. Nota 9
Timo Glock. Não vinha bem, mas deu o "pulo do gato" com uma tática ousada. Nota 9
Jarno Trulli. Chegou muito perto da pole e voltou a marcar pontos importantes. Nota 8
Rubens Barrichello. A chuva, dessa vez, não ajudou muito. Nota 7
Mark Webber. Brigou muito e fez algumas belas ultrapassagens. Nota 8
Lewis Hamilton. O sétimo era o máximo que poderia alcançar com a McLaren. Nota 8
Nico Rosberg. Mais uma vez, merecia mais. Pena que não se dá bem com chuva. Nota 7
Felipe Massa. Não teve tempo de se recuperar após o erro no sábado. Nota 5
Sebastien Bourdais. Passou do "Q1" e até que chegou perto de pontuar. Nota 7
Fernando Alonso. Não consegue compensar as claras deficiências da Renault. Nota 7
Kazuki Nakajima. Com o carro que tem, está muito abaixo do que poderia fazer. Nota 3
Nelsinho Piquet. O péssimo 17º lugar no grid estragou seu fim de semana. Nota 4
Kimi Raikkonen. Mais interessado no picolé de chocolate do que na corrida. Nota 4
Sebastian Vettel. Vinha fazendo boa corrida de recuperação, mas aquaplanou. Nota 5
Sebastien Buemi. Errou na classificação e na corrida. Nota 3
Adrian Sutil. Um pouco melhor do que Fisichella, mas não muito. Nota 5
Giancarlo Fisichella. Na chuva, rodou duas vezes na mesma volta. Nota 4
Robert Kubica. Um começo de ano azarado para o polonês. Nota 6
Heikki Kovalainen. Não poderia estar tendo um início de temporada pior. Nota 1

Análise das equipes:

Brawn. Já é a equipe preferida de todo mundo. *****
Toyota. Está pertinho de vencer pela primeira vez. ****
BMW. Estratégia ousada e certeira com Heidfeld. ****
Renault. Tem um dos carros mais instáveis do pelotão. **
Williams. Os resultados estão abaixo do potencial do carro. ***
Toro Rosso. Voltou ao nível que tinha em 2007. **
Red Bull. O carro é bom, mas está faltando um pouco mais de sorte. ***
McLaren. O consolo é que a Ferrari está pior ainda. **
Force India. Melhorou do ano passado para cá, mas ainda é a pior do grid. **
Ferrari. Um festival de erros. Início de temporada catastrófico. *

Análise da corrida:

O GP da Malásia, que já estava animado no início, ficou ainda mais emocionante com a chegada da chuva. Pena que o temporal caiu forte demais e impediu que a corrida continuasse. Certamente, este foi a melhor prova que a Fórmula 1 já realizou no circuito de Sepang.
Nível: Ótimo.

Análise do campeonato:

Brawn e Toyota despontam como as potências de 2009, mas tudo ainda está muito no início. Embora o panorama não deva mudar muito nas próximas corridas, na China e no Bahrein, ainda há tempo para as equipes mais tradicionais se recuperarem.
Nível: Excelente.

Balanço dos palpites:

Vitória: Jenson Button. Na mosca!
Pole: Jenson Button. Na mosca!
Tempo da pole: 1:35.450. A pole foi marcada a 1:35.181, apenas três décimos de diferença
Grid aleatório (3º lugar): Kimi Raikkonen. O terceiro no grid foi Timo Glock. Raikkonen saiu do sétimo lugar
Primeiro abandono: Sebastien Bourdais. O primeiro abandono foi Heikki Kovalainen
Melhor volta: Rubens Barrichello. A melhor volta foi de Jenson Button
Zona de pontuação:
1. Jenson Button (Jenson Button)
2. Rubens Barrichello (Nick Heidfeld)
3. Kimi Raikkonen (Timo Glock)
4. Robert Kubica (Jarno Trulli)
5. Timo Glock (Rubens Barrichello)
6. Nico Rosberg (Mark Webber)
7. Felipe Massa (Lewis Hamilton)
8. Fernando Alonso (Nico Rosberg)
Placar da temporada:
Austrália - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Rubens Barrichello (segundo)
Malásia - Vencedor: Jenson Button. Palpite: Jenson Button (PRIMEIRO)

Jenson Button me salvou neste fim de semana. Os palpites na pole e na vitória do inglês foram meus únicos acertos no GP da Malásia. De resto, passei perto ao prever o tempo da pole, mas errei feio ao apostar em boas corridas para Kimi Raikkonen e a Ferrari.
Nível dos palpites: Razoável.
Placar da temporada: Um acerto em dois possíveis

Por hoje, é isso aí. Até a próxima!

E deu Button novamente

Este foi o mais curto e emocionante GP da Malásia que a Fórmula 1 já teve.

Vitória de Button, a segunda em duas corridas.

Desde 1950, com a Alfa Romeo, uma equipe estreante não vencia nas suas duas primeiras participações na Fórmula 1.

A Brawn continua a escrever uma das páginas mais bonitas da história da Fórmula 1.

Em Sepang, Button perdeu a ponta na largada, mas teve tranquilidade para retomar a liderança nas paradas de pit stop.

Quando começou a chover, manteve o carro na pista, abriu uma boa distância e conquistou a vitória com autoridade.

Embora apenas duas corridas tenham sido realizadas até aqui, Button já se destaca como o principal candidato ao título deste ano.

Na loteria da chuva, dois pilotos se deram muito bem.

Heidfeld, brilhante, conseguiu a proeza de fazer apenas um pit stop, enquanto os adversários pararam nos boxes ao menos três vezes.

Quando a bandeira vermelha foi mostrada, já havia caído para terceiro, mas recuperou o segundo lugar porque o resultado final levava em conta as posições da volta anterior.

Por causa disso, Glock, que era o segundo, ficou relegado a terceiro. Mas o alemão da Toyota não tem nada a lamentar.

Depois de uma largada ruim, foi muito esperto ao colocar pneus intermediários e deu o famoso "pulo do gato".

Logo atrás veio o outro representante da equipe japonesa, Trulli, em quarto. A Toyota, segunda colocada no Mundial de Construtores, está cada vez mais perto da primeira vitória.

Prejudicado pela troca de câmbio, Rubinho largou só de oitavo e fez o possível.

A chuva, dessa vez, não ajudou.

O brasileiro já está a cinco pontos do companheiro Button no campeonato. Uma distância razoável, mas nada gigantesca.

A zona de pontuação foi completada por Webber, Hamilton e Rosberg.

Três pilotos que andaram muito bem e, por motivos diversos, ficaram abaixo do resultado que mereciam.

Com a interrupção prematura da prova, todos marcaram metade dos pontos porque a corrida não alcançou 75% de sua distância original.

Patinada feia da FIA e de Bernie Ecclestone, que cometeram o erro crasso de marcar a prova para as 17h locais.

A chuva já melhorava e o céu já começava a clarear. Mas o circuito de Sepang não conta com iluminação artificial.

Nuvens negras também se colocam sobre os boxes da Ferrari. O time de Maranello está tendo um início de temporada tenebroso.

Não marcou pontos nas duas primeiras corridas e, tecnicamente, perde até da Force India nos critérios de desempate do Mundial de Construtores.

Na Malásia, um festival de erros estúpidos.

Massa largou lá atrás por ter sido eliminado no "Q1" do treino classificatório e Raikkonen teve sua corrida estragada ao colocar pneus de chuva sem que chovesse.

Assim como a Ferrari, a McLaren também está mal das pernas: apenas um pontinho nos dois GPs iniciais.

Enquanto isso, Brawn e Toyota despontam como as potências de 2009, seguidas por BMW, Red Bull e Williams.

O panorama deve ser este no GP da China, marcado para daqui a duas semanas.

O circuito de Xangai jamais sediou corridas espetaculares.

Mas, se depender do que temos visto neste ano, será mais uma prova sensacional.